Política

Governo diz que recurso é para pagar servidores

Afirma que a medida é legal e utilizada em outras unidades da Federação

Em resposta a matéria veiculada através da FolhaWeb, o Governo do Estado afirma por meio nota que ainda não foi notificado pela Justiça do bloqueio imediato de todo o recurso do Instituto de Previdência do Estado de Roraima, avaliado em R$ 3 bilhões. Mas já está analisando medidas judiciais a serem adotadas sobre o caso.

 

Em nota afirma que a atual gestão encontrou um rombo milionário no Iper (Instituto de Previdência do Estado de Roraima), “fruto de operações fraudulentas, uma dívida de quase R$ 2 bilhões e o salário dos servidores de dezembro de 2014 atrasado. A partir de então, fortaleceu o Instituto, retomou as aplicações somente em bancos oficiais e o patrimônio do Iper quase triplicou em apenas três anos e meio, chegando hoje a R$ 2,5 bilhões”, afirma.

 

“O projeto de Lei Complementar nº 007/2018, que ainda não foi convertido em lei, permite a utilização de até 20% das aplicações do Iper, exclusivamente para assegurar o pagamento de salários dos servidores estaduais e dos segurados do Instituto”, diz.

 

O Governo afirma que a medida é legal, já utilizada em outras unidades da Federação, e que não afetará o patrimônio do Iper, garantido por imóveis como o Conjunto dos Executivos, o pagamento de salários dos servidores.

 

“A utilização desses recursos se faz necessária para assegurar o pagamento dos salários dos servidores, nesse momento em que o Brasil se recupera de uma crise econômica que afeta de forma ainda mais grave o Estado de Roraima, que enfrenta uma crise migratória sem precedentes no País e que trouxe como consequência o aumento dos gastos públicos com saúde, educação e segurança pública”

 

Ainda para justificar, o Governo de Roraima solicitou apoio do Governo Federal, que foi negado, inclusive o ressarcimento dos gastos já efetuados para minimizar os impactos da imigração, que chegam a R$ 184 milhões.

 

Ainda segundo a nota, o Governo solicitou e foi negado o alongamento da dívida pública, que sangra todos os meses R$ 22 milhões do Tesouro Estadual, resultado dos empréstimos contraídos de forma irresponsável pela gestão anterior. Já foram pagos quase R$ 800 milhões dessa dívida, um dinheiro sem comprovação de efetiva utilização em benefício do povo de Roraima, que hoje faz falta para conferir liquidez ao Tesouro Estadual e assegurar despesas como o folha de pagamento dos servidores.

 

“A proposta de utilização das aplicações do Iper, portanto, foi avaliada com seriedade e responsabilidade pela equipe econômica do governo e pela Assembleia Legislativa, para assegurar a folha de pagamento dos servidores, com todas as garantias necessárias para continuar aumentando o patrimônio do Instituto”, assegura o governo.