Cotidiano

Governo dialoga com caminhoneiros e garante liberação

A ação garantiu que os serviços essenciais não sejam prejudicados pela greve dos caminhoneiros

Em negociação com o Governo de Roraima os caminhoneiros que estão no bloqueio da BR-174 – rodovia federal que interliga Roraima a Manaus e Venezuela – garantiram a liberação de cargas de medicamentos, produtos químicos para tratamento da água distribuída pela Caerr (Companhia de Águas e Esgotos de Roraima) e combustível para viaturas das polícias Civil e Militar e ambulâncias da Secretaria de Saúde. O diálogo ocorreu na tarde desta sexta-feira, 25.

A equipe foi composta pelo secretário Chefe da Casa Civil, Frederico Linhares, secretária de Segurança Pública, Haydèe Magalhães, secretário de Saúde, Ricardo Lopes, delegada Geral da Polícia Civil, Giuliana Castro e o diretor-Presidente da Caerr (Companhia de Águas e Esgoto), Danque Esbell.

Nenhum serviço do Governo do Estado está prejudicado mas o encontro foi uma determinação da governadora Suely Campos, como meio de estabelecer um processo de diálogo e evitar que a população seja afetada, principalmente pela falta de materiais importantes nos serviços essenciais.

“Viemos garantir que os serviços essenciais não sejam prejudicados pela greve dos caminhoneiros, especialmente materiais de saúde, medicamentos e produtos químicos utilizados em tratamento de água. O Governo do Estado entende que as reivindicações dos caminhoneiros são de âmbito nacional e que possuem o objetivo de mudar a política de preços de combustíveis no país”, afirmou o secretário da Casa Civil, Frederico Linhares. 

Um dos representantes do movimento, o caminhoneiro Áquila Costa do Nascimento, informou que o Governo de Roraima foi a única instituição que visitou a concentração dos caminhoneiros e ouviu as reivindicações.

“Eu fico muito feliz porque vocês são a única instituição que veio ouvir nossas reivindicações.Nós somos trabalhadores e estamos parados porque não dá mais pra continuar trabalhando com a alta no preço dos combustíveis”, disse o representante da categoria.

Em Roraima, os protestos ocorrem em rodovias federais, sob jurisdição da Polícia Rodoviária Federal e, para preservar direitos coletivos e individuais, não haverá o uso de forças estaduais para reprimir a manifestação. O povo de Roraima sofre com a forte carga tributária dos combustíveis, por estar numa das regiões mais distantes dos centros do país, o que encarece os preços de todos os produtos, desde alimentos a passagens aéreas e de transporte rodoviário.

Para minimizar esses impactos no bolso dos roraimenses e garantir as condições de trabalho dos caminhoneiros, Roraima foi um dos primeiros estados a reduzir a alíquota do ICMS para o óleo diesel e o combustível de aviação.