Cotidiano

Funcionários da Eletrobras paralisam em protesto a privatização

Ao contrário do que divulga o governo federal, os funcionários da Eletrobras afirmam que haverá aumento na conta da energia com a privatização

Cerca de 150 funcionários da Boa Vista Energia paralisaram suas atividades, na manhã desta segunda-feira (16), em protesto as tratativas do governo federal para privatizar seis distribuidoras da Eletrobrás das regiões Norte e Nordeste.

Além da Boa Vista Energia, funcionários da Eletrobras de todo país pararam para protestar contra o leilão das distribuidoras que está prestes a ser lançado edital de venda. Estão na lista da privatização as distribuidoras de Roraima, Amazonas, Rondônia, Acre, Alagoas e Piauí. O lance inicial será de R$ 50 mil para cada distribuidoras.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de Roraima (Stiurr), Gissélio Cunha Costa, afirma que ao contrário do que o governo tem divulgado, a privatização trará um aumento na conta de energia, além uma demissão em massa de servidores.

Em Roraima, segundo ele, são 353 empregados concursados da Eletrobras, mais 55 funcionários atuando em cooperação técnica, e mais o pessoal que é serviço terceirizado.
“Um dos efeitos que queremos reforçar para a população é questão da conta de luz que vai aumentar, por conta do custo operacional. A gente sabe que as áreas com baixa densidade demográfica ou onde o pessoal tem baixa, por ser empresa pública, os custos são subsidiados pelo governo federal. Então se virar da iniciativa privada ela não vai investir nessas áreas em função do retorno financeiro”, explica Cunha.

Ele informou ainda que após a divulgação do edital do leilão, a previsão do governo é que dentro de 45 dias deve acontecer a privatização. “Se houver mais avanços na negociação para a privatização do sistema elétrico no Norte e Nordeste, vai haver greve por tempo indeterminado”, informou.

Com informações do repórter Minervaldo Lopes