Política

Fecomércio diz que ALC foi fundamental para economia

Em entrevista ao Programa Agenda da Semana, na Rádio Folha AM 1020, no domingo, dia 7, o presidente da Federação do Comércio em Roraima, Ademir dos Santos afirmou que Roraima vem crescendo economicamente nos últimos anos. Segundo ele, parte deste resultado se deve à instalação da Área de Livre Comércio (ALC), implantada em Boa Vista no ano de 2008, na gestão do então prefeito Iradilson Sampaio. Prova disso é a geração de emprego no Estado. Em 2017, o comércio foi responsável por 42% das vagas preenchidas. 

Criada em 2008, com o objetivo de desenvolver Boa Vista e a região, os benefícios da ALC podem ser sentidos pelos consumidores que adquirem produtos mais baratos. Entre os benefícios estão a isenção de alguns tributos como o Imposto de Importação, Imposto de Produtos Importados (IPI), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), e Programa de Integração Social (PIS).

Com esta isenção, o empresário que comprar mercadorias de outros estados, pode vender o produto com pelo menos 29,5%, abaixo do preço do regime de quem não está cadastrado na ALC e pagando os tributos normais. “Boa Vista era uma cidade cercada de ALC. Hoje, com esse advento, deixamos de perder clientes para cidades como Santa Elena e Lethem. Houve uma redução na carga tributária que possibilitou preços mais baixos”, afirmou o presidente da Fecomércio.

Santos, ressaltou que a ALC não trouxe benefícios apenas para o comércio, mas também para o Estado, que passou a arrecadar mais Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “A arrecadação de ICMS cresce a cada ano. Ou seja, apesar de valer somente em Boa Vista, a ALC beneficia todo o Estado, pois o dinheiro arrecadado pode ser usado onde o Governo do Estado melhor entender”, comentou.

Para que a ALC funcione de forma efetiva e abranja todo o comércio, Santos diz ser necessário um projeto por parte do poder público. “Infelizmente os políticos vêm desde a criação do Estado se preocupando com a manutenção do poder. O setor empresarial sofre como o povo também. Temos que ter projetos de futuro.

Para Roraima deslanchar, precisamos da conclusão do Zoneamento Econômico-Ecológico (ZEE), do Linhão de Tucuruí. Com essas condições, teríamos capacidade de gerar milhares de empregos”, disse.

O presidente da Fecomércio acredita que o Estado deveria investir maciçamente em educação, saúde e segurança e como setor privado desenvolvido daria conta dos demais setores. “Empresário com capital investe onde tem segurança, e isso falta em Roraima. O poder público deve trabalhar para garantir essa segurança.

Onde o Estado deveria ajudar, acaba atrapalhando. O Estado tem que ser mínimo, focar em segurança, educação e saúde, deixar o restante na mão da iniciativa privada que aí vamos ver o desenvolvimento. Teríamos emprego, renda e um futuro promissor à frente”, declarou.