Polícia

Família denuncia que soldado acusado por triplo homicídio foi espancado

Mãe de Felipe Quadros afirmou que o filho teve a cabeça e sobrancelhas raspadas e teria sido levado às pressas para o HGR

Na noite de ontem, familiares do soldado da Polícia Militar, Felipe Quadros, procuraram a reportagem da FolhaWeb para denunciar que ele teria sofrido uma série de agressões no Comando de Policiamento da Capital (CPC), onde permanece preso até ser julgado pelo triplo homicídio cometido no último dia 9 de novembro.

A mãe de Felipe Quadros, Fabiane Martins, afirmou que o filho teve a cabeça e as sobrancelhas raspadas e teria sido espancado, tendo que ser levado às pressas para o Hospital Geral de Roraima (HGR). 

“Meu filho sofreu uma agressão violenta esta noite. Uma ambulância do Corpo de Bombeiros foi socorrê-lo às pressas para o HGR”, disse.

Segundo ela, ao chegar ao hospital, os médicos haviam recusado passar informações sobre o estado de saúde do PM.

“No HGR, eles não queriam comentar sobre o estado clinico do meu filho. Nós buscamos uma resposta”, denunciou a mãe.

Ela revelou que após o triplo homicídio, a família de Felipe Quadros vem sofrendo represálias. “Estamos infelizes com esta situação”, disse.

GOVERNO

A Secretaria de Comunicação Social do Governo de Roraima (Secom-RR) disse em nota, “conforme o Comando Geral da PMRR (Polícia Militar de Roraima), as acusações apontadas são improcedentes, visto que não ocorreu nenhum fato parecido no local, onde o policial está preso.

Além disso, não foi registrada a entrada do policial referido no HGR (Hospital Geral de Roraima).

Destacamos ainda que qualquer denúncia, envolvendo integrantes da corporação devem ser formalizadas junto aos órgãos competentes para apuração.

ENTENDA O CASO

Na manhã do dia 9 de novembro, o soldado da Polícia Militar, Felipe Quadros, assassinou, a tiros, a jovem Jannyele Filgueiras, seu pai, Eliésio Filgueiras, e o proprietário de uma locadora de veículos, Ernani Brito, além de ferir uma outra pessoa.

Os crimes ocorreram, respectivamente, nos bairros Pricumã e Caimbé, localizados na zona Oeste da Capital.

Felipe Gabriel Quadros era lotado na Companhia Independente de Policiamento de Guarda e atuava na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc).

Ele ingressou na PM em fevereiro de 2014 e, segundo o CPC, não tinha histórico de agressão.

O soldado também não tinha porte de armas e depois de cumprir seu plantão na noite de domingo, do dia 8, ele deveria ter devolvido a arma da corporação, o que não ocorreu, segundo informou a PM.