Política

Falta de projetos atrasa aplicação de recursos

Para o deputado Remídio Monai (PR), muitas vezes falta um esforço para resolver a situação, comprometendo o atendimento à população

Com a proximidade do final de 2017, o deputado federal Remídio Monai (PR) avaliou a aplicação de recursos por ele alocados, para a área da saúde. Ele criticou a burocracia que impede a rapidez na utilização das verbas destinadas pelo Governo Federal. 

No programa Agenda Parlamentar, na Rádio Folha AM 1020, no sábado, 23, o deputado elencou os recursos destinados para o Estado durante o seu mandato. Do total, R$ 839 mil para equipamentos ao Hospital Nossa Senhora de Nazareth, em Boa Vista; R$ 839 mil para a Maternidade de Rorainópolis; R$ 154 mil para o Hospital de Rorainópolis e R$ 220 mil para a Policlínica Cosme e Silva. Todos esses valores estariam liberados pelo Governo Federal para o Governo do Estado.

Para Remídio, por questões burocráticas, o governo estadual está com recursos parados, enquanto a população necessita de melhorias na saúde. “Às vezes chego a uma secretaria e só tem um funcionário responsável pelo projeto. Quando o servidor se ausenta, não tem ninguém que o substitua. São coisas assim. E ninguém resolve a situação”, informou.

RORAINÓPOLIS – No caso da construção do Centro de Especialidades Médicas (CEM) em Rorainópolis, informou que o processo foi diferente, devido ao imbróglio em relação ao terreno, que não pertencia ao Estado. “O projeto estava pronto, a licitação também, só que mesmo o Hospital de Rorainópolis existindo desde 2004, o terreno não estava em nome do Estado”.

Conforme o deputado, finalmente o documento foi emitido na última quinta-feira, 21/12, após muita insistência e trabalho junto com o Governo do Estado, Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) e Secretaria de Infraestrutura (Seinf).

“Os recursos foram destinados em 2015 para a construção do CEM. Esses recursos foram empenhados em 23 de dezembro de 2015, e repassados pelo Governo Federal em 9 de novembro de 2016”, informou. “Estávamos prestes a ter que devolver ao Governo Federal por falta de aplicação”.

AÇÕES – Apesar da demora na aplicação, o deputado ressaltou que não vai deixar de buscar mais recursos para investir na saúde. Destacou que em 2017 alocou R$ 2,7 milhões para reforma do Hospital de Pacaraima e R$ 2,5 milhões para reforma do Hospital de Mucajaí.

Remídio informou ter alocado cerca de R$ 2,5 milhões para compra de ambulâncias. Porém, o Governo Federal tem legislação específica quando se trata da aquisição de veículos. Por isso, os valores serão aplicados na compra de máquinas para lavanderias e esterilização de roupas hospitalares, entre outras ferramentas.

Deputado lamenta que Prefeitura não tenha recuperado praças na zona Oeste

Também durante entrevista ao programa Agenda Parlamentar no sábado, 23, Remídio Monai (PR) criticou a aplicação de recursos em praças. Conforme o parlamentar, ele destinou R$ 11,8 milhões à Prefeitura de Boa Vista, para esta finalidade.

O deputado informou ter obtido os recursos junto ao Ministério do Turismo para revitalização de praças. Mas, havia conversado com a prefeita Teresa Surita (PMDB) tendo em vista os locais para aplicação dos valores. É que ele pretendia investimentos em bairros mais afastados, na zona Oeste da cidade.

“Infelizmente, a prefeita à revelia minha, destinou R$ 5 milhões para revitalização do Complexo Ayrton Senna. Não que a praça não precise, mas do meu ponto de vista, ela já tem bastante infraestrutura. Tem bairros na periferia que precisam mais”, afirmou Remídio.

Do restante do dinheiro, cerca de R$ 4 milhões foi para a revitalização da praça no bairro Nova Cidade, o que o deputado considerou importante e mais R$ 2,8 milhões para reformar a Praça Capitão Clóvis. “Acredito que esse espaço também merece e está precisando. Só não sei se seria mais importante, por conta da proximidade com a Praça Ayrton Senna no Centro”, completou.

A intenção, segundo o parlamentar, era contemplar os bairros Pricumã e 13 de Setembro, entre outros, tendo em vista que muitos moradores não têm condições de frequentar a Praça Ayrton Senna pelo custo de transporte e ficam sem espaço para o lazer e interação das crianças. “Eu gostaria de ter colocado esses recursos em bairros mais distantes, nos quais suas populações precisam e merecem”, arrematou Remídio.

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