Cultura

Exposição prolongada ao sol pode causar envelhecimento precoce e câncer de pele

Com a chegada do verão, todo alerta sobre o tema é pouco

É preciso estar atento ao momento certo de apanhar um belo sol, principalmente nas estações mais quentes do ano, como o verão que acaba de chegar.

O correto é permanecer ao sol com cuidado, de forma leve e gradual, evitando queimaduras. O certo é se beneficiar do bem-estar que ele proporciona e evitar sempre um inimigo cruel: o câncer de pele.

Para entender o básico sobre a doença, como ela se manifesta e como abraçar o sol sem descuidar dos males que ele pode causar, confira algumas informações do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).

O que causa o câncer de pele?

A exposição prolongada ao sol sem proteção adequada causa envelhecimento precoce da pele e contribui para o surgimento do câncer. E existem dois tipos básicos quando se trata dessa doença:

– Melanoma: é o tipo de câncer que tem origem nos melanócitos, células que produzem a melanina, substância que determina a cor da pele. Esse tipo de câncer tem predominância em adultos de pele branca.

– Não-melanoma: é o câncer que surge nas chamadas células escamosas ou nas células basais. É o câncer mais frequente no Brasil e apresenta altos percentuais de cura – se detectado precocemente.

Quais são os sintomas?

Os principais sintomas são sinais novos na pele ou alterações em sinais antigos. Em geral, eles se diferenciam das pintas normais por estarem em crescimento, terem forma e bordas irregulares e mais de uma cor.

Às vezes, podem causar coceira, dor ou sangramento. Outro sintoma é o aparecimento de feridas ou nódulos que não cicatrizam.

Como se prevenir do câncer de pele?

Proteger a pele é fundamental – e fazer isso o tempo todo, mesmo em dias de trabalho, por exemplo, e quando ficamos em ambiente fechado.

Estas são as dicas principais:

– Usar filtro solar com fator de proteção 15, no mínimo, tanto ao ar livre quanto em ambientes fechados. Lembre-se de passar novamente o protetor a cada 2 horas;

– Quando tomar sol evite os horários entre 10h e 16h, quando a ação dos raios ultravioleta é mais intensa;

– Use sempre óculos escuros, chapéus ou bonés com abas largas e guarda-sol quando estiver na praia ou piscina;

– Examine regularmente (ou peça ajuda de outra pessoa para isso) a pele do corpo inteiro, sem esquecer as plantas dos pés, orelhas e o couro cabeludo;

– Procure um dermatologista se notar alguma alteração na pele.

Como é feito o diagnóstico?

As lesões na pele que caracterizam o câncer são visíveis a olho nu e podem ser corretamente detectadas por um médico. Quando identificada e diagnosticada, o tratamento mais frequente para a doença é, primeiramente, a cirurgia. A quimioterapia e a radioterapia também podem ser usadas depois, em situações específicas para cada tipo e estágio do câncer.

Mas e sobre a questão da vitamina D?

A vitamina D é um nutriente “ativado” na pele e com funções essenciais para os seres humanos, como na absorção de cálcio, formação dos ossos e o funcionamento adequado de uma série de órgãos.

Nos últimos anos, estudos mostraram que uma boa parcela da população mundial apresenta níveis baixos de vitamina D, é verdade (mas uma reposição desse nutriente só deve acontecer com uso de medicamentos com orientação de um especialista, claro).

Como aproximadamente 90% da quantidade de vitamina D necessária ao organismo humano provêm da exposição ao sol, o mais recomendado pelos médicos é que isso aconteça em áreas como pernas, costas, barriga ou ainda palmas das mãos e plantas dos pés por cinco a dez minutos todos os dias – a fim de sintetizar vitamina D, mas sem sobrecarregar as áreas cronicamente expostas ao sol.

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