Cotidiano

Empresas de Roraima se tornarão mais competitivas internacionalmente

Empreendimentos contarão com uma nova metodologia de atendimento com plano de ação de internacionalização

Roraima será o primeiro estado brasileiro a contar com a nova metodologia de atendimento do Plano Nacional de Cultura Exportadora (PNCE) com plano de ação de internacionalização para as empresas partindo da visão do empresário. Para dialogar sobre o novo modelo, representantes do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) estarão em Boa Vista hoje, 28, para participar da primeira reunião de trabalho visando à implantação do modelo de atendimento do PNCE em Roraima.

A nova metodologia é baseada no “Rota Global”, um programa que foi desenvolvido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), subsidiado pela União Europeia, e que conta com parceria do MDIC que indicou empresas para participarem do programa.

A ideia é que a nova metodologia insira um padrão harmonizado de atendimento às empresas, a ser seguido pelas instituições parceiras do Plano. As novas etapas levarão em conta o perfil empresarial, a avaliação de maturidade internacional, plano de ação para internacionalização e atendimento consultivo às empresas.

À Folha, o ministro da Indústria, Marcos Jorge, afirmou que Roraima e Minas Gerais foram os primeiros estados selecionados para o projeto piloto pelas suas características específicas relacionadas ao PNCE. “O setor produtivo em Roraima tem demonstrado bom nível de engajamento e participação nas ações do plano e tem um grande potencial de se beneficiar da nossa nova proposta de atendimento empresarial”, disse.

Marcos Jorge comentou que a exportação tem crescido em Roraima, que exportou US$ 41 milhões no ano passado. “Este ano, Roraima já conta com 14 novas empresas exportadoras apenas nos cinco primeiros meses do ano. A nossa ideia é ampliar esse número. Por isso, a princípio, o PNCE está aberto a todas as empresas com interesse exportador. O projeto piloto que está sendo lançado irá contribuir para mapear ainda melhor a base de empresas com potencial exportador de Roraima”, adiantou.

Segundo o ministro, em relação à realidade de Roraima, os principais benefícios estão relacionados à governança das atividades voltadas ao comércio exterior, uma vez que as instituições integrantes do comitê gestor estadual trabalharão em estreita coordenação. “A nova metodologia também permitirá a avaliação das políticas públicas voltadas para o comércio exterior, já que será possível identificar necessidades das empresas ainda não atendidas, que passarão por uma análise do seu perfil e uma avaliação de sua maturidade exportadora. A partir daí, será elaborado um plano de ação para internacionalização de cada uma delas”, explicou.

Marcos Jorge acrescentou que, de forma coordenada, ao longo dessas etapas, as instituições parceiras prestam auxílio às empresas, a fim de que estas possam vender para o mercado externo. “A empresa atendida, ao se preparar para competir no comércio internacional, também melhora suas condições de competitividade no mercado interno. Ou seja, além do benefício trazido pela operação de exportação em si, a empresa melhora sua posição frente aos concorrentes domésticos”, frisou.

Para participar do PNCE, as empresas participantes terão seu perfil e plano de internacionalização elaborados sem custo algum. Entretanto, os cursos oferecidos pelas instituições parceiras e que serão sugeridos no plano de capacitação, ao longo do processo, podem ter custos, a depender do caso concreto.

PNCE – O Plano Nacional da Cultura Exportadora busca difundir a cultura exportadora e contribuir para ampliar o número de exportadores brasileiros, por meio de uma rede de apoio a empresas formada por diversas instituições (públicas e privadas) que atuam no fomento às exportações brasileiras. O Plano Nacional da Cultura Exportadora tem ações em mais de 50 municípios em todos os estados brasileiros.

O principal papel do PNCE é organizar as ações desenvolvidas por essas instituições de modo que sejam executadas de forma harmônica e encadeadas. O Plano conta com a participação de entidades nacionais, todos os governos estaduais e distrital, além de diversas instituições regionais. A coordenação nacional do PNCE é feita pelo MDIC, e nas unidades da Federação por Comitês Estaduais compostos pelos principais intervenientes no comércio exterior regionais.

A mudança no atendimento às empresas que buscam o PNCE se deu para atender algumas lacunas na condução do Plano, principalmente voltado à formulação de um processo a ser seguido, que fosse unificado, assim como também orientar a atuação dos Comitês nos estados, de maneira harmônica e sólida.

COMITÊ – Além do MDIC, também participarão do evento representantes do Comitê Local formado pela Federação das Indústrias do Estado de Roraima (FIER), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Banco do Brasil, Receita Federal, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Roraima (FAERR), Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado (Seplan), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Ministério da Agricultura (MAPA), Cooperativa dos Hortifrutigranjeiros de Boa Vista (COOPHORTA) e CooApiaú. A Confederação Nacional da Indústria e Sebrae Nacional também participam da iniciativa.

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