Cotidiano

Empresário defende nome com experiência na iniciativa privada para o Governo

As eleições deste ano estão cada vez mais próximas. Entre os cargos que estarão na disputa está o de Governo do Estado. Em entrevista ao Programa Agenda da Semana, na Rádio Folha AM 1020, o empresário Luiz Brito, que há anos atua no mercado local nos mais diversos segmentos, entre eles a construção civil, defendeu um nome que tenha vivência na iniciativa privada com administração de empresas. Ele acredita que, para o cargo, um empresário teria mais responsabilidade na hora de aplicar os recursos.

Para Brito, o empresário é uma pessoa que planeja. “Se não houver planejamento e determinação se perde o equilíbrio e o negócio desanda. Se o empresário não tiver o poder de persuasão, mas claro que no bom sentido, o negócio dele vai falir e fechar as portas. O mesmo acontece na gestão de um Estado. Há anos vemos descontroles na administração pública. O governante não mede as consequências, pois se garante na carga tributária, que sempre tem retorno, mesmo não sendo bem administrada”, explicou.

Ele pontuou ainda uma diferença básica entre as administrações pública e privada. “No mundo dos negócios o lucro é reinvestido para o crescimento da organização. No setor público, o lucro é revertido para a sociedade, que é o objetivo maior. O governante precisa ter um sentimento de responsabilidade para com isso e colaborar para que a economia caminhe rápido, fomentando a inciativa privada”, disse.

Para que o Estado não padeça economicamente, segundo Luiz Brito, a chave é não gastar mais do que se tem à disposição. “Se eu arrecado uma determinada quantia, não devo gastar mais do que aquilo. Os governantes não se planejam, fazem empréstimos, não conseguem arcar com as parcelas e afundam o Estado em dívidas diminuindo o poder de investimento”, detalhou o empresário.

Brito afirmou ainda que outra falha do Poder Executivo para com a classe empresarial é alta carga tributária. Ele relatou que os últimos três anos foram complicados devido à crise que assola todo o país. “Em Roraima não seria diferente. Nós não tivemos o fomento para alavancar a iniciativa privada. Sempre enfrentamos entraves ambientais, problemas com demarcação, entre outros. Além disso, a carga tributária não permite avanços, por mais que a pessoa seja inteligente e capacitada para isso, ela é puxada para trás devido à grande quantidade de impostos, o que impede até mesmo a geração de novos postos de trabalho”, declara.

Quando se fala de Roraima, ele afirma que o Estado sempre foi uma terra de oportunidades. “O ambiente continua favorável, o único entrave é o setor público, pois ele não fomenta o empreendedorismo. Ele depreda o empreendedorismo, ele olha para nós empresários como concorrentes, muito pelo contrário, nós é que o ajudamos a se manter. O empresário é quem movimenta a economia, é ele que arrecada e recolhe imposto para o governo gastar mal como a gente vê”, disse.

Brito ressaltou ainda que a sociedade precisa se livrar dessa visão administrativa, de que o empresário é um predador. “Não existe economia no mundo que não tenha empresário. Ele que distribui, ele que articula. Costumo dizer que o maior gestor da sociedade é o empresário. Toda essa experiência pode fazer a diferença em uma administração pública”, concluiu.