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Documentário conta a história dos cavalos lavradeiros em Roraima

Filme conta a história dos cavalos selvagens e suas últimas espécies

O cineasta Luiz Claudio Correia Duarte lança o seu novo documentário “Lavradeiros” que conta a história dos cavalos selvagens que têm suas últimas espécies sobrevivendo nos campos gerais no extremo norte do Brasil. O filme foi produzido e exibido pelo edital do Canal Futura de produção de documentários de curta duração, e deverá ser exibido em Roraima em Abril.

Duarte é autor de mais três filmes independentes, Não Existem Heróis (2014), Rios do Roraima (2014) e Luto, logo existo (2016), todos gravados e produzidos em Roraima. Nascido no Rio de Janeiro, Duarte mora em Roraima desde 1991, e foi no cenário do lavrado que decidiu filmar os animais.

“Os relatos no documentário nos fazem entender, como o cavalo lavradeiro se desenvolveu nos campos de Roraima, com seus ecossistemas baseados em ambiente de lavrado, que são o palco onde ainda vive um dos últimos cavalos totalmente xucros do país”, explicou.

Segundo ele, a ideia partiu do produtor Luciano Alvarenga (Lula) que é guia de turismo e conhece muito bem a geografia e história de Roraima. “Assim que terminamos de produzir “Rios do Roraima” começamos a conversar sobre outro documentário com uma pegada turística. Ele falou sobre como as corridas de cavalos movimentam o interior do Estado de Roraima e que seria interessante falar sobre isso. Entre outros assuntos surgiu o cavalo Lavradeiro, conhecido como cavalo selvagem aqui em Roraima. E ficamos analisando e realizando algumas pesquisas sobre o assunto”, relatou.

A produção do filme durou dois anos e meio e percorreu os municípios de Amajari, Pacaraima e Normandia. Segundo ele, a temática ambiental é um dos temas que cada vez mais, vem gostando de abordar, apesar dos perigos.

“A temática ambiental é algo que sempre gostei do ponto de vista de expectador. Nunca imaginei que estaria do outro lado. Passei de além de gostar, a respeitar mais. Os cavalos andam em bandos chamados de “lotes”, e cada lote tem um “pastor”, que cuida de um grupo de éguas e potros. Quando eles se sentem ameaçados, o pastor ataca com coices que podem até matar uma pessoa. Um desses pastores avançou no Luciano Alvarenga, produtor de campo quando filmava e fotografava durante uma viagem técnica em Amajari”, finalizou.