Cultura

Disfunção erétil atinge mais da metade dos homens com diabetes

Os homens diabéticos têm muito mais chances de desenvolver a disfunção erétil

A disfunção erétil é um dos maiores pesadelos do sexo masculino e é uma consequência do excesso de açúcar no sangue mais comum do que se imaginava. De acordo com o médico Cesar Penna, especialista em Endocrinologia e Metabologia, a diabetes é um fator de risco para desenvolver disfunção erétil.

“Quem tem diabetes pode desenvolver disfunção erétil mais cedo do que quem não tem. Além disso, os riscos de sofrer com o distúrbio sexual podem ser até 75% maiores para diabéticos”, contou.

A disfunção erétil é a incapacidade ou dificuldade de obter ou manter a ereção suficiente para possibilitar a penetração durante o ato sexual.

“Se os episódios em que o pênis não fica ereto ocorrerem de maneira isolada e esporádica, isso não caracteriza a disfunção erétil, mas se a dificuldade persistir seguidamente, em várias relações sexuais, possivelmente o homem sofre com esse problema que é complicado, porém passível de tratamento”, explica o médico.

Já a diabetes é uma doença séria, caracterizada pelo aumento da glicose no sangue, ou seja, pela hiperglicemia. “Esse problema de saúde pode ser causado por defeitos no trabalho hormonal da insulina produzida pelo pâncreas ou até mesmo por conta das alterações na secreção”, relata.

Existem dois tipos de diabetes, a Diabetes tipo I e a Diabetes tipo II. Dentre os sintomas da Diabetes do tipo I estão a sede excessiva, a diurese, o aumento da fome, o cansaço, fraqueza e emagrecimento. Já a Diabetes do tipo II provoca a diurese, alterações visuais, dores na perna e desidratação.

O que as duas coisas têm em comum?

Os homens diabéticos têm muito mais chances de desenvolver a disfunção erétil. Só para se ter ideia, eles possuem três vezes mais propensão a sofrer com o distúrbio do que os homens sem diabetes. Além isso, de acordo com estudos recentes, os homens com diabetes desenvolvem a impotência sexual de cinco a 10 anos antes do que quem não tem a doença.

Segundo a Associação Americana de diabetes, no mínimo 50% dos homens diabéticos desenvolvem a disfunção erétil. Isso acontece porque a diabetes causa danos aos nervos do corpo inteiro, inclusive no pênis. Essas alterações danosas interferem na habilidade de obter ou manter a ereção.

“Como se não bastasse, a diabetes pode agravar quadros de aterosclerose, nos quais o sangue flui com dificuldade nos vasos sanguíneos. Por fim, quando a glicemia não está controlada, o corpo acaba não produzindo ácido nítrico suficiente, o que prejudica os tecidos vasculares e, consequentemente, o desempenho sexual masculino”, explica o médico.

A boa notícia é que mesmo os diabéticos que sofrem com disfunção erétil podem obter sucesso no tratamento. É necessário adotar hábitos saudáveis, como por exemplo, se alimentar bem e praticar exercícios físicos. “O tratamento pode ser complementado com o uso de spray sublingual, revascularização, uso de comprimidos, injeção intravenosa. Procure um especialista para descobrir qual é o tratamento ideal para seu caso”, finaliza.

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