Cotidiano

Corte no orçamento do IFRR para 2018 afetará investimentos e assistência estudantil

Setores terão corte de R$ 3,2 milhões em recursos federais com o contingenciamento feito pelo Ministério da Educação

As áreas de investimentos e assistência estudantil serão as mais afetadas com o contingenciamento feito pelo Ministério da Educação (MEC) no orçamento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR). O corte nos recursos será de R$ 3,2 milhões em comparação ao ano passado.

No setor de investimentos, a redução orçamentária será de 32%. No ano passado, a instituição recebeu R$ 3,7 milhões em recursos federais. A verba seria reduzida para R$ 90 mil, mas na Lei Orçamentária Anual (LOA) foram destinados pouco mais de R$ 2 milhões para obras, ampliações e aquisições de equipamentos aos campi.

A área mais prejudicada será a da assistência estudantil, que terá R$ 1,5 milhão a menos para auxílio financeiro destinado para transporte e alimentação aos alunos da Capital e do interior. Enquanto que em 2017 o Instituto recebeu R$ 3,7 milhões. Em 2018 serão destinados apenas R$ 2,2 milhões, uma queda de quase 40% em recursos.

Com o orçamento enxuto, quase todo comprometido com despesas de pessoal e sem capacidade de executar políticas públicas, o pró-reitor de Administração em exercício do Instituto Federal, Deybe Viriato, afirmou que a instituição terá que readequar o orçamento e reduzir custos para manter os serviços.

“O IFRR recebe recurso na capacitação de servidores, que não sofreu acréscimo este ano. A única saída que encontramos foi utilizar esse recurso para atender ao corte de 40% na assistência aos estudantes. É um sacrifício inicial, mas iremos trabalhar pra reduzir custos”, disse.

A única área onde não houve cortes foi a de custeio, que mantém a instituição funcionando com água, luz, terceirização e outros serviços. Para este setor, o recurso passou de R$13,6 milhões, em 2017, para R$ 15 milhões, em 2018. “Isso representou um aumento de R$1,4 milhão, em torno de 10%, mas não é suficiente porque a mão de obra terceirizada aumentou muito”, explicou.

Para o pró-reitor, o contingenciamento de recursos e os cortes em setores fundamentais refletem negativamente para a educação. “No panorama geral, o IFRR teve déficit de apenas 5%, mas considerando pontualmente vemos esses gargalos de 40% na assistência estudantil. Temos cinco campi, sendo três no interior do Estado e dois em Boa Vista, e todos precisam dessa cota para manter os alunos na instituição”, frisou. (L.G.C)