Cotidiano

Conselho Tutelar recomenda que população não dê esmola a crianças

Ações de abordagem estão sendo realizadas com o propósito de retirar as crianças e jovens em situação de vulnerabilidade das ruas e semáforos da capital

Você costuma dar dinheiro às crianças e pais com crianças de colo que rodam pelos semáforos e ruas da capital? Se a resposta for sim, a orientação do Conselho Tutelar é que você pare. A fim de retirar as crianças e jovens em situação de vulnerabilidade das ruas e semáforos da capital, o Conselho Tutelar realiza nesta sexta-feira, 20, o segundo e último dia de mais uma ação de abordagens.

No mês passado, a ação foi realizada com o apoio de fiscais da Vara da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) e Polícia Militar (PM). Este mês, além dos dois órgãos, o Conselho Tutelar Território 3 contou com o auxílio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Secretaria Municipal de Gestão Social (Semges).

Segundo a conselheira tutelar Andreza Ferreira, as abordagens realizadas são de orientação junto aos responsáveis pelos menores. No entanto, se for o caso, também é realizada a repressão. Pelo apoio do Ministério do Trabalho, casos de crianças e jovens que são encontrados em situação de trabalho infantil também estão sendo notificados. Durante o primeiro dia, diversas advertências sobre negligência foram cumpridas, como crianças doentes expostas ao sol.

Em casos como esses, em que as crianças estão com os pais, a conselheira explicou que os responsáveis são advertidos e orientados a se retirar do local. Caso haja o retorno, a guarda das crianças é retirada dos pais. Para a identificação das pessoas abordadas, a equipe de assistência social realiza a coleta de dados, a fim de encaminhar para outros núcleos e executar outros tipos de abordagens.

De forma simultânea às ações de abordagens, o Conselho Tutelar continua exercendo a responsabilidade de vigilância diariamente. Para Andreza, é de suma importância que a sociedade não dê dinheiro às crianças e nem para as pessoas que estão com crianças. “Que ajudem os abrigos, visitem, procurem levar mantimentos ou até quantias em dinheiro aos responsáveis do local. Só assim podemos retirar as crianças das ruas”, disse. (A.G.G)