Cultura

Conheça os sintomas e riscos da doença

Trombose: coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região

A trombose venosa profunda é a formação de um coágulo em uma veia profunda do organismo causando obstrução do fluxo sanguíneo. Freqüentemente, ocorre em veias calibrosas da perna, coxa e pelve. Embora a trombose seja comum em adultos acima de 60 anos, pode ocorrer em qualquer idade. Quando o coágulo se destaca da veia e se desloca pela corrente sanguínea, ocorre a embolia. Este êmbolo pode se alojar nos pulmões causando a embolia pulmonar, doença grave e potencialmente fatal.

De acordo com o cirurgião vascular, Guilherme Bortolon, a coagulação do sangue intravascular que acomete veias ou artérias.

“Em resumo, é a formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias ou artérias do corpo. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço, dor na região e, dependendo do caso, outros problemas mais graves”, explica.

Segundo ele, a trombose venosa pode ser evitada mobilizando os músculos da panturrilha diariamente, evitando ficar parado na mesma posição por mais de 6 horas e evitando cirurgias de grande porte.
“Além disso, a trombose arterial pode ser evitada eliminando os fatores de risco, como o tabagismo, diabetes, colesterol, hipertensão e realizando atividade física diariamente”, ressalta.
O médico explica que a trombose pode ocorrer em qualquer veia ou artéria do corpo, tendo diferentes sinais e sintomas conforme a área acometida, “Mas as pernas são o local mais comum de a trombose aparecer”, diz.

Sintomas
Os sintomas da trombose venosa são: dor, edema (inchaço) assimétrico, dificuldade de mobilização, queimação e alteração da cor da pele.

Os sintomas da trombose arterial são: dor intensa, sinais de falta de sangue, cianose ou palidez da pele e extremidades do corpo com a temperatura mais fria.

Entre os exames, o Eco Color Doppler é um exame de ultrassom. O ultrassom com doppler colorido (Eco Color Doppler) é um exame não invasivo que avalia a circulação arterial e venosa e pode identificar a trombose com muita acurácia.

Existem alguns fatores que são considerados de risco para a ocorrência de trombose. Veja:

Permanecer sentado por muito tempo, principalmente quando se está dirigindo ou dentro de um avião. Quando as pernas ficam na mesma posição por um tempo prolongado, os músculos da panturrilha não se contraem o que dificulta a circulação de sangue.

Algumas famílias carregam no sangue uma desordem que facilita a coagulação sanguínea, chamada de hipercoagulabilidade. Essa hereditariedade não costuma ser uma ameaça constante para a saúde, mas se combinada com outro fator de risco para a trombose, é bom ficar de olho.

Passar muito tempo deitado ou em repouso absoluto, comum em caso de internações hospitalares, por exemplo, também facilita a ocorrência de trombose.

Injúrias nas veias e cirurgias podem dificultar o fluxo sanguíneo, o que aumenta as chances de coágulo. A anestesia que é geralmente aplicada antes de procedimentos cirúrgicos dilata as veias e facilita a coagulação.
Gravidez aumenta a pressão exercida sobre as veias da pélvis e das pernas, mas isso só se torna um problema quando a mulher possui suscetibilidade genética para a coagulação sanguínea. Mas atenção: o risco de o sangue coagular continua alto mesmo seis semanas após o parto.

Alguns tipos de câncer e tratamentos aumentam a quantidade de substâncias no sangue que facilitam a coagulação.

Infecções gastrointestinais, como colites ulcerosas, também são consideradas um fator de risco.

Atenção para a insuficiência cardíaca. Um coração fraco não bomba a mesma quantidade de sangue que um coração saudável costuma bombear, o que também aumenta os riscos de coagulação.

Pílulas anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal também podem causar trombose, principalmente se associadas ao tabagismo.

Marcapasso e cateter nas veias podem causar irritação nos vasos sanguíneos e diminuir o fluxo do sangue.

Ter tido trombose ou embolia pulmonar alguma vez na vida aumenta os riscos de desenvolver a doença mais uma vez.

A obesidade é um sério fator de risco para a trombose, pois o excesso de peso e o acúmulo de gorduras exercem ainda mais pressão sobre as veias, dificultando a passagem do sangue, principalmente nos vasos da pélvis e das pernas.

O hábito de fumar afeta a circulação de sangue e facilita a coagulação.

Pessoas acima dos 60 anos de idade são mais propensas a desenvolver trombose do que pessoas mais jovens.

Glóbulos sanguíneos em excesso sendo produzidos pela medula óssea (policitemia vera) tornam o sangue mais denso e lento do que o normal, o que facilita a formação de coágulos.