Cotidiano

Combate ao Aedes e fluxo migratório são preocupações apontadas em Conferência

Com o objetivo de ampliar o diálogo entre os usuários e gestores do Serviço Único de Saúde (SUS), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) iniciou a 1ª Conferência Estadual de Vigilância em Saúde, na manhã de ontem, 30, que prossegue hoje, 31, na Escola Técnica de Saúde do SUS (ETSUS), localizada na Rua Uraricoera, no bairro São Vicente, zona Sul. 

Conforme a coordenadora geral de Vigilância em Saúde, Daniela Souza, as palestras e debates apresentados na conferência servirão para que os participantes do evento, representantes da saúde dos municípios, de movimentos sociais, conselhos de classes e profissionais de saúde possam elaborar propostas que serão apresentadas na Conferência Nacional de Vigilância em Saúde, que será realizada nos dias 28 de novembro a 1º de dezembro, em Brasília.

Segundo Daniela, o primeiro passo foi realizar conferência em todos os 15 municípios de Roraima, para depois discutir a problemática no âmbito estadual. “Nosso objetivo é dar posse às pessoas para que elas possam propor medidas para a Vigilância enquanto gestor, usuário e trabalhador do SUS. A gente vai trabalhar para formular em torno de 30 propostas do Estado para a Conferência Nacional”, afirmou.

Entre as maiores demandas levantadas pelas conferências municipais e, já na conferencia estadual, estão a questão do fluxo migratório e do combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

“A gente tem questões hoje muito nossas e que a gente precisa lutar para que elas cheguem ao âmbito nacional. Questões essas que perpassam pela questão do imigrante venezuelano, que é uma nova realidade, que a gente precisa cuidar, vigiar para que doenças hoje já erradicadas no país não voltem a acontecer, como sarampo e difteria”, explicou Daniela.

“Temos nossas questões epidemiológicas, que são ferventes e específicas do nosso Estado, como o Aedes, que é uma questão existente em nossos 15 municípios. E a malária, que é uma questão muito nossa, de Roraima, por conta do nosso clima tropical que acaba propiciando essa doença”, avaliou a coordenadora.

Por conta das demandas vigentes, a coordenadora ressaltou a importância de pensar na vigilância em saúde, em como planejar medidas que possam prevenir o problema antes mesmo dele acontecer. “Vigilância não é algo tão palpável como é a assistência. Quando a gente vai ao médico e é consultado, é assistido. A Vigilância é promover, proteger, antes que aconteça. Por isso é importante, para que as pessoas tenham subsídio para elaborar boas propostas, que possam reverter e melhorar a situação”, frisou Daniela. (P.C.)