Cotidiano

Com aumento de furtos, supermercados investem em segurança e monitoramento

Furtos aumentaram há pouco mais de um ano e meio, com a maioria das ocorrências envolvendo estrangeiros

De produtos de higiene pessoal, passando por bebidas alcoólicas e gêneros alimentícios, a perda de mercadorias tem levado os supermercados de Boa Vista a investirem cada vez mais em sistema de monitoramento com câmeras e em segurança. Parte destes produtos é perdida por meio de furtos e consumo dentro do estabelecimento antes de pagar a conta.

Segundo o gerente de prevenção de uma rede de supermercados com sete estabelecimentos na Capital, Leandro dos Santos, por mês, são investidos mais de R$ 40 mil no setor para evitar prejuízos. “Na maioria dos casos, as pessoas pegavam frutas, biscoitos e pães, consumiam pelos corredores do supermercado e deixavam as embalagens por lá mesmo. Em alguns casos, eles eram flagrados e acabavam pagando pelo produto que consumiram, mas a movimentação dentro de um mercado é tão grande, que com certeza alguns casos passaram despercebidos”, explicou.

Outra forma de perda é o furto com a saída do produto. A pessoa entra no estabelecimento e coloca os objetos dentro de bolsas ou por baixo das roupas. “Na maioria dos casos, identificamos o furto dentro do estabelecimento, mas temos que esperar a pessoa passar pelo caixa, pois não podemos abordar a pessoa antes disso, pois ela pode alegar que ainda vai pagar. Alguns deixam os produtos e outros pagam para evitar o constrangimento”, detalhou.

Segundo Santos, os casos de furto aumentaram há pouco mais de 18 meses. Atualmente, boa parte dos casos envolve venezuelanos que, devido à situação de pobreza em que vivem nas ruas, acabam apelando para esta alternativa. “Por dia, registramos uma média de seis casos por loja. A que mais sofre com isso é a unidade da Avenida Venezuela, no bairro Liberdade [zona oeste]. Essa perda de produtos gera um prejuízo enorme para a rede de supermercados”, disse.

Ele ressaltou que a presença de câmeras não inibe furtos. “Muitos não se intimidam com as câmeras de vigilância. Só elas não bastam, também temos que investir em pessoal. Temos funcionários que andam pelos corredores observando o movimento. A maioria das pessoas não percebe, mas quem entra com a intenção de furtar observa tudo”, frisou.

O gerente de prevenção afirmou que registra Boletins de Ocorrência (B.O.) de apenas alguns casos. “Nem vale a pena ir até a delegacia para registrar B.O. do furto de uma lâmina de barbear, de um sabonete ou de algo ainda menor. Tentamos resolver no próprio estabelecimento. Recorremos apenas quando a pessoa abordada se recusa a pagar e age de forma violenta”.

Publicidade