Cotidiano

Cerca de 145 mil identidades precisam ser reimpressas

Uma falha em um dispositivo de segurança para evitar a falsificação na Carteira de Identidade, ocorrido no período de 2009 até início de 2015, causa ainda hoje transtornos ao Instituto de Identificação Odílio Cruz.

É que a impressão de má qualidade continha uma cera e, ao ser plastificada, o documento esquentava e borrava. Neste sentido, percebeu-se que o dispositivo não deu certo. De acordo com o diretor do Instituto de Identificação, Amadeu Rocha Triani, foram expedidas 190 mil carteiras de identidade com esse problema. Destas, somente 45 mil foram reimpressas. Aproximadamente 145 mil documentos podem estar borrados e precisam ser reimpressos, a partir do momento que ficam inválidos. O serviço é oferecido sem custos adicionais ao cidadão.

“Esse tipo de impressão continha uma cera, uma espécie de película com um dispositivo de segurança para evitar a falsificação. Entretanto, essa impressão não deu certo para Roraima, em virtude de ser uma região muito quente. É um material que não podia ser plastificado. Com isso, essa impressão, ao ser aquecida, derreteu e borrou as carteiras”, detalha o diretor.

Amadeu Triani observou que financeiramente o Instituto de Identificação não teve prejuízos, uma vez que a empresa que prestou o serviço tem que arcar com esses custos. Entretanto, essa falha causou transtornos. “Tumultua o atendimento devido ao aumento no fluxo de pessoas para serem atendidas. Tivemos que disponibilizar pessoal para recolher o material, para catalogar e entregar para a empresa e depois entregar para o cidadão. Ou seja, mão de obra com custo para o Estado”, observou.

Para solicitar a reimpressão da Carteira de Identidade, o cidadão precisa ir ao Instituto de Identificação e não há a necessidade de pegar senha. O documento será entregue a partir de 10 dias. “O cidadão tem que trazer a carteira de identidade, que é recolhida. Entretanto não pode estar faltando nenhum pedaço, tem que ser somente borrada. Caso evidencie o mau uso do documento é necessário pagar a segunda via. Se no período de 2009 até 2015 a pessoa era criança, não tem como fazer a reimpressão. Necessita de uma segunda via. Também, se a pessoa precisar atualizar dados, tipo CPF, fotografia ou até mesmo o estado civil, é necessária uma segunda via”, informou.

PRIMEIRA VIA – Para tirar a primeira via da Carteira de Identidade o usuário deve protocolar pedido e levar a Certidão de Nascimento ou de Casamento, não há cobrança de taxa. Na emissão da segunda via do documento, por perda, roubo, extravio ou que tenha danificado por algum motivo, paga-se uma guia de recolhimento no valor de R$ 36,47.

O Instituto de Identificação Odílio Cruz fica localizado na Avenida Venezuela, 2083, no bairro Liberdade.