Cotidiano

Centro de tecnologia oferece atividades gratuitas destinadas a crianças e adultos

CCTI inicia inscrições, na próxima quarta-feira, e terá 30 computadores com internet e rede Wi-Fi disponível à população em geral

O Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI) de Boa Vista, localizado na Avenida Glaycon de Paiva, bairro Mecejana, zona Oeste, foi inaugurado pela Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV) esta semana, ao lado do Mercado Municipal Romeu Caldas. No local, pessoas de 9 a 90 anos poderão desenvolver sistemas, jogos, design gráfico, robótica, startup e participar de cursos. Além do conhecimento tecnológico a ser transmitido, o Centro vai contribuir para a geração de emprego e renda, além de formar profissionais para o mercado de trabalho.

De acordo com o secretário municipal de Inclusão Digital, Arthur Henrique, o Centro tem a intenção de mostrar como as pessoas se apropriam da tecnologia para melhorar a qualidade de vida. Quem frequentar desenvolverá plataformas que serão devolvidas como serviço à população em geral.

“Nós buscamos pelo Brasil soluções parecidas quando nos foi entregue esse projeto, com o intuito de ter um modelo. Em virtude disso, hoje, podemos dizer que não existe nenhum CCTI no País que ofereça todos os projetos que nós temos aqui. Vimos essas áreas separadas, mas com a mesma estrutura e que trate todos os temas ao mesmo tempo, não”, disse.

A instituição conta com uma área de livre acesso, comportando 30 computadores com internet e a rede Wi-Fi Boa Vista Online, disponível à população geral, salas de ensino à distância com 45 computadores cada uma, salas de projetos equipadas, salas de robótica, uma área de colaboração para startup, sala de reunião e sala de aula convencional, onde serão ministradas aulas presenciais aos alunos.

No Centro, serão desenvolvidas atividades de startup, minicursos, programa de robótica, cursos de desenvolvimento de sistemas e os projetos Desbravadores Digitais e Iniciação Digital. “Dentre todos, a startup é a mais esperada. Dez projetos serão aprovados por uma banca para que sejam transformados em serviço de mercado. Os idealizadores encontrarão clientes para saírem daqui com oportunidade de venda e desenvolvimento do comércio”, relatou o secretário.

O portal do Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação estará disponível na próxima quarta-feira, 25, apresentando todas as linhas de atuação, horário de funcionamento, número de vagas e quantos inscritos em cada área. Os interessados deverão consultar o site da PMBV (www.boavista.rr.gov.br/) e clicar no banner do CCTI para entrar no site e realizar a inscrição. Após isso, serão realizadas as seleções para as áreas de pré-requisito.

Os interessados nas linhas de atuação, que possuem pré-requisito, deverão se dirigir ao CCTI para a realização de um exame de raciocínio lógico para serem selecionados ao curso. Caso não estejam aptos, serão destinados a Iniciação Digital que, por exemplo, não tem pré-requisito, o que torna contemplados os primeiros inscritos. As aulas serão iniciadas até os dias 8 e 15 de junho.

OLHAR ACADÊMICO – O acadêmico de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Caio Hudson, 22, comentou sobre a importância de um Centro Tecnológico para estudantes. “O CCTI é uma entidade da prefeitura com o papel de ligar o meio acadêmico com meio social. A universidade muitas vezes fecha a visão do aluno do meio acadêmico, e não prepara, ou prepara de forma pouco eficiente, o acadêmico ao mercado de trabalho. Então, a experiência do mercado de trabalho voltado ao desenvolvimento científico é o mais fantástico da proposta do CCTI”, relatou.

Atualmente, o estudante está participando do Grupo de Energia e Desenvolvimento Sustentável (GEDS), que consiste na reciclagem de água descartada por aparelhos de ar condicionado com o uso de sistemas embarcados, desenvolvidos pelo GEDS. “A idéia é encontrar os parâmetros e as variáveis envolvidas na produção de água, como temperatura, tamanho do ambiente, quantidade média de pessoas na sala e frequência de abertura de portas. E o ponto principal do projeto é levantar essa ciência por trás, como que eu duvido que as próprias empresas que fabricaram os ar condicionados fizeram, uma vez que a água é descartável”, explicou. (A.G.M)