Política

Cascavel mantem pré-candidatura e reconhece dificuldades partidárias

Airton Cascavel, atualmente filiado ao PSL já foi prefeito de Mucajaí, deputado estadual e deputado federal

Em pouco mais de seis meses a população roraimense conhecerá, definitivamente, os candidatos ao Governo do Estado nas eleições deste ano. Por enquanto, todos que demonstram interesse são considerados pré-candidatos. Esse é o caso do empresário e ex-deputado estadual Airton Cascavel, que além desta função já ocupou uma cadeira de deputado federal e de prefeito do Município de Mucajaí na década de 1990. 

Em entrevista ao Programa Agenda da Semana, na Rádio FolhaAM 1020, no domingo, dia 7, Cascavel, que atualmente exerce apenas a função de empresário, afirmou que pretende ser candidato ao Executivo. Ele acredita que sua experiência política e empresarial seráútilpara administrar o Estado que, segundo ele, passa por momento conturbado.

“Temos 28 anos desde a criação do Estado, e desde então discutimos as mesmas questões, os mesmos problemas. A situação da Companhia Energética de Roraima, por exemplo, isso é um roubo, uma enganação com o povo. Está nomeada a diretoria de algo que não mais existe. Os funcionários são usados como joguete e nomeações ainda são feitas em troca de apoio político”, disse.

Cascavel afirmou que a Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima) é outro órgão que não tem mais sentido existir. “Essa pasta consome os cofres públicos desde 1990. Ela não serve para desenvolver nada, mas gasta R$ 30 milhões por ano. Faz um concurso público para a admissão de mais funcionários para criar um problema futuro. Isso aconteceu em todos os governos”, criticou.

O pré-candidato ao Governo do Estado afirmou que em Roraima existe uma “ilha da fantasia” onde vivem os servidores dos poderes constituídos. “Tem que ser corajoso para dizer isso. Temos mais de dois mil funcionários públicos entre Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria, Tribunal de Contas, Assembleia, Ministério Público de Contas, entre outros, que sozinhos ganham R$ 50 milhões em salários e a cada ano essa fatia aumenta”, pontuou.

Para uma mudança no cenário político, Cascavel defende uma reforma administrativa. “Precisamos enxugar a máquina pública. O orçamento não cobre quase nada. As práticas continuam as mesmas, as licitações não existem, as emendas parlamentares são desperdiçadas. Não mudou nada neste país e nem em Roraima. O começo da mudança é uma reforma administrativa e para isso é necessário coragem para abrir mão de pastas inúteis que são usadas como moeda de troca”, defendeu.

Como pré-candidato ao governo, Cascavel enfrenta dificuldades junto ao PPS, legenda a qual é filiado e onde pretende se lançar como candidato. “Não tenho medo de discurso, estou preparado para o debate. Vou lutar até o fim para ser candidato, ser eleito e fazer a mudança que o Estado precisa. Estou otimista, mesmo que não tenha o apoio de nenhum deputado”, concluiu.