Cotidiano

Beneficiários cobram pagamento de dois meses do Crédito do Povo

Sem receber há dois meses o benefício do programa Crédito do Povo, do Governo do Estado de Roraima, beneficiários procuraram a Folha para denunciar a falta de pagamento. Segundo eles, o último pagamento foi efetuado no mês de outubro, referente ao mês de setembro. Estão pendentes os dos meses de outubro e novembro.

O atraso vem ocorrendo desde quando o governo começou a realizar o pagamento de acordo com o dígito final do cartão. Desempregada há mais de quatro meses, uma beneficiária e mãe de três filhos, que preferiu não se identificar, disse que está passando por dificuldades e que o benefício é um dos complementos que ajuda a custear as despesas da família, principalmente a alimentação. “Ultimamente tem sido bem complicado aqui, em casa. Esse dinheiro sempre chegava em boa hora”, frisou.

A beneficiária, residente no bairro Santa Teresa, zona Oeste da Capital, relatou que, para complementar a renda, precisa fazer trabalhos como diarista. Ela lamentou está passando por dificuldades junto a seus três filhos. “Hoje, nós conseguimos viver desses ‘bicos’ que eu faço como diarista. Quando recebíamos os R$ 120 em dia, já era uma ajuda muito boa que dava até pra fazer compras no mercado”, comentou.

Outra usuária afirmou que, durante esses meses de atraso no pagamento do benefício, as pessoas sempre cobram um posicionamento da Secretaria Estadual do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), porém, nunca obtêm respostas exatas. “Estou há dois meses sem receber o Crédito do Povo, ligo pra Setrabes e só sabem me falar que não há previsão. Nós precisamos muito desse dinheiro e esperamos que o governo nos dê uma resposta”, destacou.

Em Roraima, o programa Crédito do Povo deveria auxiliar por mês cerca de 38 mil famílias, o que injetaria na economia local aproximadamente R$ 4,5 milhões.

GOVERNO – A Folha entrou em contato com o Governo do Estado para obter informações da Setrabes sobre o atraso no pagamento do Crédito do Povo, mas até o fechamento desta matéria, às 18horas, não obteve um posicionamento. (E.M)