Cotidiano

BV está em situação de alto risco para dengue, zika e chikungunya

Maior número de criadouros do mosquito foi encontrado dentro das residências

O Ministério da Saúde divulgou na tarde de ontem, 26, dados recentes do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) em Boa Vista. Na análise, a Capital foi classificada com alto risco para transmissão da dengue, zika e chikungunya, com índice de 10,7%.

Segundo o levantamento realizado entre os dias 10 e 14 de julho deste ano em mais de 6 mil imóveis na Capital pelo Ministério da Saúde, o maior número de criadouros do mosquito foi encontrado dentro das residências. Os bairros com maior índice de infestações são o Senador Hélio Campos, Alvorada, Silvio Leite, Jardim Equatorial, Nova Canãa, Silvio Botelho, Pintolândia, Santa Luzia, Operário, Bela Vista, Distrito Industrial, Nova Cidade, Raiar do Sol, Airton Rocha. Outros bairros localizados na zona oeste e com maior concentração de pessoas também aparecem na lista.

Conforme o superintendente municipal de Vigilância em Saúde, Emerson Capistrano, o levantamento foi feito em um período de muitas chuvas. “Esse período de intensas chuvas é propício para a proliferação dos mosquitos, principalmente em depósitos que acumulam água parada, nos quintais, lixo e entulhos descartados irregularmente nas ruas e avenidas dos bairros”, avaliou.

Número de casos de dengue, zika e chikungunya aumentou em 2017

O número de casos das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti – dengue, zika e chikungunya – notificados e registrados no primeiro semestre deste ano já supera os dados das doenças durante todo o ano passado. As informações são da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS).

DENGUE – No ano passado, foram 1.924 notificações de dengue em Roraima, sendo a maioria registrada em Boa Vista, com 516 casos. Os demais registros mais expressivos são em Bonfim, com 261; Rorainópolis, com 246; Mucajaí com 223; Iracema com 184 e Caroebe com 163. Foram confirmados 191 casos da doença, sendo 65 em Boa Vista, 44 em Caroebe e 33 em São João da Baliza.

Em 2017, foram notificados 2.149 registros até o mês de junho. Boa Vista continua sendo o município com mais registros, com 1.493; seguido por Rorainópolis, com 212 casos, e Mucajaí, com 157. Os casos confirmados este ano somam 157, ou seja, somente no primeiro semestre, o Estado quase se igualou a marca verificada em 2016. Agora o município de Rorainópolis apresenta o maior número de casos confirmados (86), seguido por Boa Vista (62).

ZIKA – Os dados de notificações de zika no ano passado somam 355 em todo o Estado, com destaque para Boa Vista, com 193 casos e Mucajaí e São Luiz, com 43 e 42 casos respectivamente. Cento e sessenta e cinco casos foram confirmados, sendo a maioria em Boa Vista (141) e 20 em Mucajaí.

Em 2017, foram notificados 388 casos de zika em Roraima, o que pode ser considerada como uma elevação grave considerando que o número foi maior do que o registrado em todo o ano anterior. Destes, 299 foram verificados somente em Boa Vista, com um aumento de mais de cem casos notificados em um ano, e Mucajaí, com 62. Sobre os casos confirmados, o número continua alto, com 168 ao todo, sendo 90 registrados em Boa Vista e 59 em Mucajaí.

CHIKUNGUNYA – Os dados mais preocupantes em 2017 no Estado são os de chikungunya, que registraram uma grave elevação de um ano para o outro. Em 2016, foram 282 notificações ao todo, com destaque para Boa Vista (147) e Mucajaí (67). O número de confirmações no ano passado baixou consideravelmente, sendo registrados somente 23 casos, sendo 21 na Capital.

“Para Rorainópolis, nós também trabalhamos com homens do Exército fazendo trabalho com a bomba costal nas residências com os agentes de endemia da região. Vamos também enviar carro fumacê para lá ainda esta semana. O resto dos municípios não solicitou o serviço, então os carros vão ficar concentrados nas duas localidades, no caso, em Boa Vista e Rorainópolis”, acrescentou a coordenadora. (P.C)