Cotidiano

Atoleiro na BR-432 impede que alunos frequentem escola

Moradores dizem que a situação da estrada, no período de chuvas, também atrapalha o transporte da produção

Os moradores que trafegam pela BR-432, que interliga o Município do Cantá a localidade de Novo Paraíso, em Caracaraí na BR-174 Sul, voltaram a denunciar as condições em que se encontram a rodovia, com a intensificação do período chuvoso na região.

Com parte de um trecho da rodovia em obras, os moradores relataram a situação à Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). “Comunicamos e até hoje aguardamos a vinda de um dos responsáveis pela obra em toda a extensão da BR-432 para verificar o que pode ser feito para minimizar este problema. Os alunos estão impedidos de ir para a escola e quem possui lotes ao longo da rodovia está sem condições de sair de casa por conta do atoleiro. Quando começaram as obras, alertamos para este problema, cobrando celeridade, mas não fomos atendidos e hoje está nesta condição”, relatou um morador, que preferiu não ser identificado.

O denunciante comentou que os alunos não são os únicos prejudicados e que as empresas de ônibus, que fazem o transporte de passageiros na região, estão pensando em limitar o número de viagens. “Não tem como um empresário trocar peças e fazer uma série de reparos nos ônibus toda semana por conta dos atoleiros e buracos. O grande prejudicado com esta situação é o morador que depende deste transporte. É lamentável”, comentou.

Outra moradora que reside próximo a Vila Central disse que, além dos atoleiros, a quantidade de buracos tem ocasionando prejuízos aos veículos e, em alguns casos, é necessário contar com o apoio da comunidade para fazer a retirada dos carros atolados e quebrados.

“Isso infelizmente tem ocasionado grandes prejuízos aos moradores e a população que se aventura em trafegar neste trecho de quatro quilômetros entre a entrada da Serra Grande II até a Vila Central. A morosidade desta obra tem piorado ainda mais a situação das famílias que residem na localidade, pois sem ter como sair de nossos lotes perdemos a produção. Às vezes contamos com o apoio dos amigos para nos deslocarmos até a sede do Cantá e pedir ajuda para a recuperação de nosso veículo”, comentou.

OUTRO LADO – Em nota, a superintendência regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte informou que o trecho não pavimentado entre a Vila Central e a sede do Município do Cantá é de responsabilidade do 6º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC), porém os serviços foram paralisados devido ao período de chuvas. 

O DNIT informou que mantém um contrato de conservação/manutenção do trecho compreendido entre a Vila Santa Rita e o Entroncamento com a BR-401/RR, porém o contrato está sem quantitativo, devendo ser renovado somente em outubro, período permitido por lei.

Afirmou ainda que, está providenciando junto a empresa responsável pela manutenção/conservação, serviços para diminuir o impacto do acúmulo de água sobre o revestimento primário, como fazer valetas laterais para escoamento da água, “Trata-se de um trecho plano e, com o greide atual enterrado, não é possível fazer grandes intervenções durante as chuvas”, alegou.

A obra compreende os cerca de 116 quilômetros entre a Vila Novo Paraíso e a Vila Félix Pinto, divididos em três lotes dos quais o lote 2 já está concluído com cerca de 35 quilômetros e lote 3, que tem extensão aproximadamente 43 quilômetros, deve ser concluído logo após o período das chuvas. O lote 1, que é o primeiro no sentido de Novo Paraíso para a BR-401, deve ser finalizado totalmente em abril de 2019.

“Os três lotes estão totalmente perfeitamente em condições de trafegabilidade, apresentando problemas pontuais que são resolvidos de imediato”, informou a superintendente regional do DNIT, Delchelly Roberta de Souza Oliveira. (R.G)