Cotidiano

Assistentes sociais de Boa Vista pedem que venezuelanos desocupem praças

Equipes do Cras (Centro de Referência de Assistência Social) do bairro São Francisco, da Semges (Secretaria Municipal de Gestão Social), começaram em algumas praças da Capital, um trabalho de orientação aos migrantes venezuelanos quanto à permanência deles nesses locais. Segundo informações repassadas pela Prefeitura, a ação se baseia em pedidos da própria população de Boa Vista, que tem cobrado a retirada dos estrangeiros dos espaços públicos, para evitar a depredação desses locais.

Na praça Capitão Clóvis, onde a ação começou, estavam mais de 80 pessoas, sendo que aproximadamente 30 eram crianças. As famílias utilizavam os quiosques dos lanches da praça como abrigo. A recomendação dos agentes sociais da Semges foi que os estrangeiros buscassem abrigos ou refúgio em outros locais.

“Esta é uma ação de conscientização, para que os migrantes venezuelanos não utilizassem o espaço público como local de habitação. Nós recomendamos a eles que busquem outros locais, ou abrigos, até mesmo visando a segurança deles. Há muitas crianças sendo expostas a uma série de riscos. Então, é um trabalho de orientação”, explicou a gerente do Cras São Francisco, Vanessa Pinheiro.

Alguns dos migrantes encontraram abrigo, como foi o caso do venezuelano Carlos Cáguas, que junto da mulher e um amigo, que foram convidados a morar em uma casa no bairro Cauamé. “Estamos há quatro meses no Brasil, buscando trabalho e um lugar para morar, até as coisas melhorarem e podermos voltar ao nosso país. Não está sendo fácil, mas ao menos onde ficar já conseguimos”, disse.

A gestão da Prefeitura de Boa Vista anunciou recentemente que estaria estudando junto ao Governo Federal a criação de abrigos para atender aos migrantes.