Geral

Apenas cumprindo tabela, Baré e Roraima

Se em campo não valia mais nada, o duelo entre Baré e Roraima, realizado ontem, no Estádio Ribeirão, pela última rodada do primeiro turno, serviu pelo menos, para a manutenção da honra das duas equipes antes do início do segundo turno.

Em campo, um verdadeiro show de horrores. Um clássico pra ser esquecido, onde o espetáculo deu lugar ao pouco futebol apresentado pelas equipes. Com o gol despretensioso de Magson (que cobrou mal uma falta e contou com o erro dos barelistas, que abriram a barreira e deixaram na mão o goleirão colorado), o Atlético Roraima venceu o Baré por 1 a 0, chegando aos seis pontos, terminando na segunda colocação do Grupo A, mas fora da final do primeiro turno, que terá apenas os primeiros colocados de cada grupo: GAS e São Raimundo.

O popular Bareima, que durante décadas encheu de entusiasmo, o imaginário do torcedor roraimense, deixou uma marca melancólica em mais uma temporada, que começa sem títulos para as equipes.

Os dois times mais tradicionais do futebol roraimense não experimentam protagonismo – e títulos – há alguns anos. O Baré, após a reformulação da diretoria, que tem agora o jovem Oziel Araújo na presidência, até mostrou boa evolução, dentro e fora de campo.

Nos dois últimos anos, venceu um dos turnos e esteve na final do campeonato, mas faltou a chamada ‘sorte de campeão’. Acabou derrotado, sempre nos pênaltis, em ambas, pelo São Raimundo: em 2016, empate em 2 a 2 e em 2017, novo empate, dessa vez, por 3 a 3.

Mas em 2018, após dois empates na fase classificatória e a mudança no regulamento da competição (agora apenas o primeiro de cada grupo avança para a decisão), o Colorado, pentacampeão roraimense, viu a chance de uma nova final, ser adiada, quem sabe, para o segundo turno. A última vez que o Baré foi campeão foi em 2010.

Se o sucesso em organização não se repetiu em campo para o Baré na atual temporada, no Roraima a coisa é bem diferente: sem levantar o caneco desde 2009 (foi tricampeão seguido, nas temporadas 2007, 2008 e 2009), o tricolor vem colecionando fracassos desde então, dentro e fora de campo.

Sem estrutura para investir em formação de base, o Roraima, com equipes muitas vezes, remendadas com jogadores de diversas partes do país, não repetiu a fórmula de sucesso que o consagrou na era amadora e nos primeiros anos da profissionalização.

O menos informado, que começou a acompanhar o futebol roraimense apenas nos últimos anos, nem imagina, que o Roraima é o maior papa-títulos da era profissional do nosso futebol, com nada menos que oito títulos. E a pergunta que fica é: o que aconteceu?

Com uma vitória e uma derrota na primeira fase, o tricolor também vai ter que ralar, se quiser mudar o atual cenário e brigar pelo título do segundo turno e, consequentemente, por uma vaga na decisão do estadual.