Cotidiano

Anac fará auditoria na Paramazônia

Agência informou que ação é rotineira e não teria ligação com o último incidente ocorrido com aeronaves da empresa, o terceiro em oito meses

Após mais um acidente aéreo envolvendo aviões de pequeno porte da Paramazônia em Roraima, técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) farão, no próximo mês, uma auditoria na empresa, que é especializada em serviços de táxi aéreo para comunidades indígenas do Estado.

Conforme o órgão, a ação é rotineira, programada com antecedência, e, diretamente, não tem ligação com o último incidente ocorrido com uma das aeronaves da empresa, ocorrido na Terra Indígena Yanomami, na região norte de Roraima, na tarde de segunda-feira, 26.

A Agência auditará o controle e a execução da manutenção das aeronaves da Paramazônia. Questionada sobre a possibilidade de algum tipo de sanção à empresa, a Anac informou que ações cautelares por parte da Agência só serão conhecidas após conclusão do relatório de auditoria.

CASOS – O último registro de acidente envolvendo aeronaves da empresa Paramazônia ocorreu na tarde de segunda-feira, 26, na comunidade Waikas, região do Uraricoera, área da Terra Indígena Yanomami. A aeronave Cessna-206 de pequeno porte teria feito um pouso forçado após detecção de problemas mecânicos. Nem a passageira nem o piloto ficaram feridos.

Em 3 de julho do ano passado, um avião “monomotor” da empresa Paramazônia caiu em uma área na região da Serra da Lua, próxima ao Igarapé do Inácio, no município do Cantá, região centro-leste de Roraima. A aeronave tinha cinco tripulantes, sendo que quatro morreram.

Duas semanas antes, em 14 de junho, outro avião da mesma empresa fez um pouso forçado no Rio Catrimani, no município de Caracaraí, na região centro-sul do Estado. Nesse acidente, o tripulante e o piloto sobreviveram à queda, mas um resgate malsucedido feito pela empresa aérea acabou vitimando o piloto, que morreu afogado.

OUTRO LADO – A reportagem entrou em contato, por telefone, com a gestora responsável pela empresa, Helena Lima, para questionar se a direção da Paramazônia havia sido informada sobre a auditoria, mas não obteve retorno. (L.G.C)