Polícia

Adolescente é executado com dois tiros na cabeça

A mãe da vítima contou à Folha que estava surpresa com a morte do filho no Hélio Campos, pois a família mora no Buritis

Na madrugada de ontem, dia 14, por volta das 4h15, o adolescente M.M.M.F., de 15 anos, foi morto com dois tiros na cabeça. O homicídio aconteceu na Rua HC-04, região de chácaras do bairro Senador Hélio Campos, na zona Oeste da Capital.

A Polícia Militar foi acionada por um homem que disse ter ouvido os disparos, mas que não teve coragem de se aproximar porque temia por sua vida. Das poucas informações que o denunciante deu, destaca-se que os autores do crime estavam num veículo modelo Chevrolet/Corsa Wind, cor verde.

O comunicante disse aos policiais que um dos elementos desceu do automóvel e efetuou os disparos. Quando chegou ao local, a guarnição percebeu que o rapaz estava caído no chão. Dos dois tiros, um atingiu o supercílio esquerdo e atravessou a nuca, provocando a perda de massa encefálica.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fez o atendimento à vítima, mas o médico constatou que nada poderia ser feito porque o jovem estava morto. No atestado de óbito, o médico afirma que a morte foi causada por ferimento de arma de fogo, que não havia mais sinais vitais.

A perícia também chegou à cena do crime para realizar os procedimentos técnicos de coleta dos dados que serão anexos ao inquérito policial que vai investigar o caso. Foi descartada a hipótese de o crime ser um latrocínio, tendo em vista que a quantia de R$ 17,00; uma pedra de material entorpecente aparentando ser pasta base de cocaína e um aparelho celular foram encontrados nos bolsos da bermuda que a vítima usava.

Na rua, que não é asfaltada, restou apenas a marca de sangue decorrente dos ferimentos. A principal linha de investigação dos agentes da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH), que também compareceram ao local do assassinato, é que o caso esteja relacionado com um acerto de contas, o que teria resultado na execução.

O rabecão do Instituto de Medicina Legal (IML) fez a remoção do corpo que, na manhã de ontem, passou por exame cadavérico. A família conseguiu identificar a vítima e compareceu à sede do IML para fazer o reconhecimento e liberação do corpo. A vítima não portava qualquer documento pessoal. A Polícia Militar fez a entrega do Relatório de Ocorrência Policial (ROP) e dos materiais apreendidos no 4o DP. Até o momento ninguém foi preso como autor do delito.

Na tarde de ontem, a Folha conversou com a mãe do menor. Ela ficou surpresa ao saber que o filho foi morto no bairro Senador Hélio Campos, considerando que a família mora no bairro Buritis, também na zona Oeste, mas distante. Marlon morava com a avó e saiu de casa na tarde de terça-feira, dia 13, e não retornou mais. (J.B)

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