Polícia

Adolescente é assassinado com tiro na cabeça no Nova Cidade

Testemunhas contaram que a vítima foi morta pelos comparsas, mas a motivação não foi esclarecida

Sem trégua. Os homicídios em via pública continuam acontecendo na Capital, cujas vítimas, em geral, são jovens. No fim da noite da terça-feira, dia 27, o adolescente Wanderson Pereira Gonçalves, de 16 anos, foi assassinado com um tiro na testa, na rua João Ferreira Mota, bairro Nova Cidade, zona oeste da Capital. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

De acordo com as informações da Polícia Militar, o adolescente estava em um bar, na rua Belo Horizonte, que fica no mesmo bairro da ocorrência, quando saiu na companhia de outros três indivíduos e logo à frente ouviu-se dois disparos. Testemunhas contaram que a vítima foi morta pelos comparsas, mas a motivação não foi esclarecida.

Antes do crime, equipes do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro) fizeram um patrulhamento pela mesma rua em que o menor foi alvejado, mas não abordaram nenhum dos suspeitos.

Depois de ser acionada via Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança), a guarnição da Polícia Militar (PM) chegou ao local do crime e confirmou a veracidade dos fatos. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou em seguida e constatou o óbito, inclusive o laudo do médico destaca que o adolescente foi vítima de Ferimento de Arma de Fogo (FAF) e apresentava exposição de massa encefálica na parte frontal da cabeça, devido à perfuração feita pelo projétil. A morte só foi atestada às 23h45.

O menor estava vestido numa bermuda azul e camisa preta e só foi identificado porque alguns familiares conseguiram chegar ao local onde o corpo estava. Investigadores da Delegacia Geral de Homicídios (DGH) ouviram algumas testemunhas e iniciaram os procedimentos para resolução do caso.

A vizinhança disse à reportagem da Folha que não conhece nem a vítima, nem os comparsas, que são os principais suspeitos de terem praticado o homicídio. Diversas diligências foram realizadas no intuito de localizar os autores do crime, mas ninguém foi encontrado.

A Perícia Criminalística chegou ao endereço juntamente com a equipe do Instituto de Medicina Legal (IML). Ao fim dos trabalhos dos peritos, o corpo foi removido do local para a sede do Instituto, onde passou por exame cadavérico. A causa da morte segundo o IML foi traumatismo cranioencefálico causado por arma de fogo. A família fez a liberação do corpo na manhã de ontem, dia 28, para realização de funeral e sepultamento.

A DGH está investigando o caso, mas até o começo da noite de ontem nenhum dos suspeitos do crime tinha sido preso. (J.B)