Polícia

Açougueiro que esquartejou jovem é preso pela Polícia

Segundo a titular da DGH, o crime ocorreu em 2014, no município de Caracaraí

Em coletiva de imprensa realizada no final da manhã desta quinta-feira, 13, a Delegacia Geral de Homicídios (DGH) apresentou detalhes da elucidação do assassinato de Alessandro dos Santos Souza, de 23 anos.

O crime ocorreu em 2014, no município de Caracaraí, região Centro-Sul do Estado. Além da titular do DGH, delegada Mirian Di Manso, a coletiva  contou ainda com a presença da diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Francilene Lima, da delegada Elisa Alice Lopes e das peritas criminais Andrea Cristina e Erica de Oliveira.

Segundo a delegada do DGH, o jovem era ex-militar da Aeronáutica e havia sido expulso da corporação por conta de envolvimento com drogas e pequenos assaltos. Ele havia contratado para assaltar a casa da ex-esposa de um dos autores do crime, o açougueiro Genésio Vieira Duarte, 46 anos, conhecido como “Mineirinho”.

“Ele [Genésio] estava em processo de separação e havia contratado os serviços de Alessandro, para que este realizasse um assalto na casa da ex-esposa. Nessa ação, o jovem teria dito algo que fez com que ela desconfiasse de que o ex-marido estivesse por trás desse crime”, contou Mirian Di Manso.

Como vingança, Genésio e outro comparsa, identificado como Afonso de Souza Duarte, 23 anos, levaram o ex-militar para Caracaraí, falando que havia um esquema de tráfico de drogas. Por lá, o açougueiro o matou com requintes de crueldade.

“Genésio algemou Alessandro, o torturou, e mesmo a vítima implorando para não morrer, ele o esquartejou. Após isso, ele jogou a cabeça dele no Rio e espalhado as outras partes do corpo na mata”, frisou a delegada do DGH.

Ainda segundo a delegada, as investigações só começaram um ano depois, após moradores encontraram o busto de um homem na mata. Até então a Polícia não tinha conhecimento do desaparecimento do ex-militar.

“Somente após a realização exames de DNA, foi possível não só comprovar que o corpo era do Alessandro, como também fazer essa ligação entre a vítima e os acusados por essa barbaria”, pontuou.

Feito a lição entre vítima e assassinos, a DGH pediu da Justiça a prisão dos acusados. Genésio foi preso nesta quinta-feira, enquanto Afonso encontra-se foragido.

“A gente pede para que a imprensa divulgue a foto do Afonso, para que possamos prendê-lo e assim dar este caso como encerrado”, finalizou.

Com informações do repórter Amílcar Junior.