Cotidiano

Taxistas voltam a protestar pedindo fiscalização aos motoristas do Uber

Sem serem recebidos na Prefeitura, taxistas foram para a Câmara de Vereadores, onde conseguiram agendar uma audiência pública

Taxistas convencionais e de lotação se reuniram, na manhã de ontem, 19, em frente à sede da Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV), no bairro São Francisco, zona Norte, para protestar contra a falta de regularização dos serviços de transporte de passageiros, em especial, de Uber. O presidente do Sindicato dos Taxistas de Roraima, Marino Jorge, disse que o objetivo da manifestação não foi pelo fim dos serviços da Uber em Roraima, mas pela fiscalização do trabalho dos motoristas independentes na Capital, principalmente por conta das exigências de cursos de treinamento e alvará para a categoria.

“Ninguém é contra fazer esse tipo de transporte. O problema é a deslealdade conosco. Hoje é obrigatória a realização de curso de capacitação para se legalizar. Um alvará também é muito custo, muita burocracia. Enquanto isso, chega um serviço de transporte em que qualquer pessoa pode pegar um carro e colocar para transportar as pessoas. Então, a gente pede das autoridades do Município, que é quem legaliza esse tipo de serviço, para fiscalizar”, afirmou Jorge.

Ele disse que a chegada do Uber em Roraima impactou na renda dos taxistas. “Hoje, já está chegando a uma redução de 50% na arrecadação, mas eu estou achando que vai aumentar ainda mais, por conta da chegada de outros transportes clandestinos”, frisou o sindicalista.

AUDIÊNCIA PÚBLICA – Apesar da manifestação, o presidente do sindicato disse que a categoria não foi atendida pela Prefeitura e, de lá, a categoria seguiu para a Câmara Municipal de Boa Vista, onde foi recebida pelo presidente da Casa, Mauricélio Fernandes. No encontro, foi definida a realização de uma audiência pública para tratar do assunto no dia 04 de outubro. “Marcamos uma audiência para tratar justamente sobre essa fiscalização dos serviços de transporte em Boa Vista. Vamos aproveitar para debater outras pautas da categoria. A expectativa é que com essa audiência nós poderemos ter alguma resposta do Município sobre a fiscalização”, frisou Marino Jorge.