Cotidiano

Pesquisa aponta RR em 19ª lugar entre as rodovias federais do País

Foram considerados o tipo de rodovia, condição da superfície de pavimento, condição da faixa central, condição das faixas laterais e placas de sinalização

Os 952 quilômetros de rodovias federais que cortam o estado de Roraima ocupam a 19ª posição, com 28.2%, entre as melhores estradas do País, compreendendo a avaliação de ótimo e bom. O estado ainda aparece na 21º colocação com um total de 39.6% das estradas federais classificados como sendo, de maneira geral, ruim ou péssimo. A pesquisa aponta ainda que 32.2% das estradas estão em estado regular. O levantamento foi divulgado na 18ª Pesquisa CNT de Rodovias 2014, realizada pela Confederação Nacional de Transportes (CNT). A avaliação considerou os 26 Estados e o Distrito Federal e Roraima aparece à frente de estados, como o Ceará, com 23,5%; Tocantins 20,9%; Mato Grosso 14,7%; Amapá 14,2%; Pará 10,4%; Amazonas 6,7% e Acre 4,3%.
O levantamento compreende as condições de toda a malha federal pavimentada dos trechos mais relevantes para o transporte de cargas e de passageiros. Foram considerados para a catalogação o tipo de rodovia, condição da superfície de pavimento, condição da faixa central, condição das faixas laterais, placas de limites de velocidade, placas de indicações, visibilidade e legibilidade das placas. Além disso, também foram avaliados se as rodovias possuíam estrutura de apoio, como borracharia, restaurantes e lanchonetes, concessionária e oficina mecânica, além de postos de combustíveis.
Conforme a pesquisa, na classificação geral, dos 952 quilômetros de rodovias federais de Roraima, 90 quilômetros obtiveram nota ótimo e 178 foram considerados bons. O restante, 307 teve nota regular, 240 ruins e 137 péssimos. A pesquisa não identifica os trechos.
A extensão avaliada em Roraima apresentou 18 km de pista dupla com canteiro central e 934 km em pista simples de mão dupla. Na avaliação de Condição de Superfície, a maior parte dos 952 km apresentou índice perfeito em 460 km e desgastado em 335. Já as trincas em malhas/remendos foram detectadas em 87 km. Também foram apontados afundamentos/ondulações e buracos em 10 km e destruído em 60 km. 
Na Condição da Faixa Central, a pintura da faixa visível aparece em 455 km; pintura desgastada em 230 km e pintura inexistente em 267 km.
Na Condição das Faixas Laterais, a pintura estava visível em 378 km, desgastada em 110 e inexistentes em 464.
Já as placas de limite de velocidade, estavam presentes em 492 km e ausentes em 460 km. As placas de indicação, estavam em 722 km e ausentes em 230.
Quanto à visibilidade das placas, a inexistência de mato cobrindo as placas foram apontadas em 421 km; Algum mato cobrindo as placas também em 421 e inexistência de placas em 110 km.
Nesta 18ª edição, foram pesquisados 98.475 km em todo Brasil, um acréscimo de 1.761 km (1,8%) em relação ao ano passado. A pesquisa auxilia estudos para que as políticas do setor de transporte, projetos privados, programas governamentais e atividades de ensino e pesquisa possam se transformar em ações que promovam o desenvolvimento do transporte rodoviário de cargas e de passageiros.
Na classificação por rodovia apenas no Estado de Roraima, tendo como parâmetros a Pavimentação, Sinalização e Geometria, os 729 km da BR 174 aparecem como regular, os 230 km da BR 210 também aparecem como regulares e os 127 da BR 401 teve a classificação regular, regular e ruim apenas na geometria.
Quanto à infraestrutura de apoio em toda a extensão das BRs de Roraima, a situação encontrada foi a seguinte: na BR 174 foram apontadas 11 borracharias, quatro concessionárias e oficinas mecânicas, 12 postos de abastecimento e 15 restaurantes e lanchonetes.  
Na BR 210 foram apontadas quatro borracharias, uma concessionária e oficinas mecânicas, quatro postos de abastecimento e quatro restaurantes e lanchonetes.  
Já na BR 401, foram encontradas uma borracharia, uma concessionária e oficina mecânica, dois postos de abastecimento e três restaurantes e lanchonetes. (R.R)         Confira a classificação por estado na avaliação de ótimo e bom:

Clas     Estado
São Paulo     78,4%
    Rio de Janeiro 61%
Alagoas 50,3%
Paraná 49,3 %
Distrito Federal 47,4%
Rio Grande do Norte  45,5%
Santa Catarina 40,3%
Espirito Santo 40,1%
Bahia 39,9%
Paraíba 39,9%
Piauí 38,9%
Mato Grosso do Sul 38%
Sergipe 37,3%
   Goiás 36,9%
    Rondônia 34,5%
 Minas Gerais 34%
    Pernambuco 28,7%
Maranhão 29,2%
    Roraima 28,2%
 Ceará 23,5%
   Tocantins 20,9%
    Mato Grosso 14,7%
Amapá 14,2%
 Pará 10,4%
    Amazonas 6,7%

 Acre 4,3%

 Superintendente do Dnit diz que rodovias já estão melhores
Embora tenha informado que ainda não teve acesso aos números apontados pela pesquisa divulgada pela CNT (Confederação Nacional de Transportes) que retrata as condições das estradas brasileiras, inclusive as BRs de Roraima, o superintendente  Regional  do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Roraima, Pedro Christ, afirmou que as condições das rodovias federais (BR-174, BR-210 e BR-401) que cortam o estado já são bem melhores que quando foi feita a pesquisa, no primeiro semestre deste ano.    
“Estamos com várias obras de restauração em execução, desde a divisa do Amazonas até Caracaraí e nenhuma ainda não foi concluída. Mas quando essa pesquisa foi feita, se comparado com hoje, já temos melhorado as condições das estradas e podemos assegurar que as nossas rodovias são de muito boa qualidade”, afirmou.       
Ele informou que a BR-174, no treco Sul, está com obras de pavimentação, acostamento, sinalização e  drenagem. “São serviços necessários para a boa qualidade da rodovia”, afirmou.    
Já os serviços de obras do trecho da BR 174, devem começar tão logo sejam concluídos as análises de aprovação de projetos e os trabalhos de licitação das empresas. “Além disso, o Dnit tem um programa de sinalização de rodovias chamado BR-Legal, que já deve começar a ser implantado nas rodovias de Roraima em breve com sinalização do padrão das rodovias privatizadas”, disse.
Foto: Arquivo/ Folha
Pedro Christ: “Estamos com várias obras de restauração em execução, nenhuma ainda não foi concluída. Mas quando essa pesquisa foi feita, se comparado com hoje, já temos melhorado as condições das estradas”
Ele recorda que há alguns anos essa pesquisa apontava que a BR 174 como a pior rodovia federal do Brasil. “Sempre discordei que a BR-174 fosse a pior do Brasil. A BR-319, do Amazonas a Rondônia, é a pior do Brasil. Essa BR é interditada, intrafegável. O problema é que essa BR nem constava nesta pesquisa, isso porque o ministro dos Transportes era do Amazonas, mas colocavam a BR-174 com a pior do Brasil”, frisou.(R.R)