Cotidiano

INSS deve economizar R$ 500 mil após pente-fino no auxílio-doença

Desde o início do pente-fino do Governo Federal em auxílios-doença pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 41 perícias de revisão de benefício foram realizadas em Roraima. Destas, 31 resultaram em cancelamentos do pagamento do benefício, sendo que seis auxílios foram cortados porque os convocados sequer compareceram à avaliação médica.

O pente-fino começou em outubro do ano passado em todo o Brasil, mas foi interrompido no mês seguinte e retomado em janeiro de 2017. O INSS em Roraima informou que 587 auxílios-doença serão revisados no Estado, economizando anualmente R$ 582 mil se todos estiverem com irregularidades e forem cancelados.

“Seis benefícios foram convertidos em aposentadoria por invalidez, três em auxílio-acidente e uma pessoa foi encaminhada para a reabilitação profissional”, disse o órgão.

O chamado para a consulta médica se dá através de carta. Os beneficiários têm até cinco dias para agendá-la pelo telefone no número 135. Em média, cada beneficiário recebe, por mês, R$ 1.193,73. A próxima etapa prevista pelo INSS é com os usuários com faixa etária acima de 45 anos.

NACIONAL – O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), responsável pela gestão do INSS, não informou em quantas etapas se dará a revisão dos benefícios, mas esclareceu que, na primeira fase, 530 mil pessoas de um total de 1,7 milhão que recebem o auxílio estão sendo convocadas para as perícias médicas.

Quase 250 mil cartas já foram enviadas pelo país, mas somente 87.517 dos seus destinatários compareceram aos consultórios. Destes, 73.352 tiveram seus auxílios cancelados, o que corresponde a 84% do total de pessoas que recebem auxílio-doença no Brasil. A economia com os cortes já é de R$ 1,6 bilhão em todo o País.

Chamou a atenção do Ministério do Desenvolvimento Social casos de pessoas que, há cinco anos alegaram incapacidade de trabalhar, e agora foram descobertos com dois empregos ou mesmo montando o próprio negócio. O Ministro Osmar Terra comentou o pente-fino: “O objetivo é colocar no devido lugar o gasto público.

Há pessoas que deveriam ficar três meses com o auxílio, mas recebem há dois ou três anos. Falta dinheiro para quem realmente precisa, sobrecarregando o sistema”. (N.W)