Política

Deputado quer utilizar Parque Anauá para abrigar venezuelanos

O deputado estadual George Melo (PSDC) sugeriu a utilização do Parque Anauá como um espaço para abrigo dos migrantes venezuelanos, sob administração conjunta da Prefeitura de Boa Vista e do Governo do Estado.

O parlamentar afirmou que os recursos prometidos pelo Presidente da República, Michel Temer (PMDB), em visita ao Estado deveriam ser aplicados na criação de um abrigo coberto aos venezuelanos. Na época, o presidente prometeu o envio de R$ 15 milhões para Roraima, além de outras medidas.

“Eu acho que a prefeita Teresa Surita (PMDB) e a governadora Suely Campos (PP) já poderiam ter feito um abrigo coberto no Parque Anauá. Fazer um trabalho conjunto. Não se pode virar as costas para essas pessoas, tem que ver o lado humanitário. Quem vê as crianças sem ter como se abrigar, é de dar dó”, opinou o deputado.

“O Parque Anauá tem uma área muito grande para isso. Agora que o presidente Michel Temer ficou de ajudar, pode ser feito um espaço bem grande e coberto, com banheiro químico. As pessoas que dormem nas praças, nas rotatórias da cidade, ficam ali o dia inteiro. Um abrigo coberto é um ato de cidadania”, completou.

MOTIVAÇÃO – O parlamentar afirmou que se atentou para o fato com a grande chuva que caiu na última sexta-feira, 16, e com a proximidade do período de inverno. Segundo ele, como a maioria dos venezuelanos tem pernoitado em praças públicas e espaços abertos sem cobertura, as chuvas devem comprometer severamente o bem-estar destas pessoas.

Melo acredita que o período chuvoso já acomete a população brasileira, trazendo inundações, possibilidade de proliferação mais rápida de doenças, como gripes e pneumonias, além de deteriorar seus pertences. “Nós temos obrigação de cuidar do povo de Roraima, mas nós não temos que deixar as crianças e idosos de outras nacionalidades nas ruas”, afirmou.

O parlamentar criticou ainda os gestores públicos ao declarar que medidas como esta já deveriam ter sido iniciadas, mesmo sem o auxílio da Presidência da República. “A gente está vendo os nossos gestores tratarem as pessoas como bicho e só se animam quando tem a possibilidade de receber recursos do Governo Federal. A gente fica perplexo diante dessa inércia, dessa incompetência, dessa desumanidade. Já deveria ter sido implantado uma vigilância sanitária na fronteira para vacinar as pessoas que chegam aqui, mas estamos a mercê de tudo”, criticou. (P.C)