Cotidiano

Criança venezuelana é internada no HCSA com Difteria

Doença altamente infectocontagiosa é causada por bactéria que se aloja nas amídalas, faringe, laringe e nariz

Uma criança venezuelana está internada no Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) com diagnóstico de Difteria, doença altamente infectocontagiosa causada por bactéria que se aloja nas amídalas, faringe, laringe e nariz.

A criança, que não teve o nome e nem o sexo revelado, está na área de isolamento da unidade de saúde por conta do grande risco de transmissão. A doença já estava erradicada no Brasil, mas voltou a assustar após a confirmação de oito casos no Estado de Pernambuco, em 2015.

Em dezembro do ano passado, a Prefeitura de Boa Vista, por meio da Superintendência Municipal de Vigilância em Saúde, emitiu alerta sobre a Difteria por conta da proximidade de Roraima com a Venezuela e devido a crescente migração. O país vizinho está registrando vários casos da doença.

TRANSMISSÃO- A doença pode ser transmitida por gotinhas de saliva na tosse, espirro ou por meio do contato com a pessoa doente. O tratamento é feito com uso de antibióticos, especialmente penicilina e eritromicina, dependendo do caso. É importante procurar imediatamente um médico.

PREFEITURA- A reportagem da FolhaWeb solicitou resposta da Prefeitura quanto ao estado de saúde da criança internada e quais providências estariam sendo tomadas para evitar o contágio de outras crianças. 

Em nota, a Prefeitura confirmou a entrada da criança venezuelana e informou que ela foi encaminhada para o isolamento da unidade hospitalar, conforme protocolo do Ministério da Saúde. A criança veio direto de Santa Elena para o Hospital.

“Imediatamente a Vigilância Epidemiológica do município foi notificada e a investigação do caso foi iniciada, com a identificação de todas as pessoas que tiveram contato com a criança, que estão sendo monitoradas, mas apresentam proteção contra a doença pela vacina. Esta tarde deve chegar o soro antidiftérico, enviado foi enviado pelo Instituto Butantã de São Paulo. A criança apresenta quadro clínico estável”.

Diante do quadro atual de ocorrência de casos e óbitos no país vizinho, e da chegada de imigrantes vindos da Venezuela para o Brasil, a Secretaria Municipal de Saúde alertou para que a população mantenha os cartões de vacina atualizados, principalmente das crianças. As vacinas contra difteria estão disponíveis nas unidades básicas de saúde.

Em Roraima, o último caso de difteria foi registrado no ano 2000, proveniente do município de Mucajaí, que resultou em um óbito.

“A Vigilância municipal vem fazendo monitoramento contínuo de casos de doenças circulante na Venezuela desde 2016, quando houve ocorrência da difteria no país”.