Cotidiano

Banco de Leite da Maternidade procura doadoras

O Banco de Leite do Humano (BLH) do Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth registra deficiência no estoque de leite materno e de frascos de vidro para o armazenamento do material, e precisa de novas doações para não prejudicar o trabalho da unidade de saúde, que atende prioritariamente bebês prematuros internados na UTI Neonatal do hospital.

Os postos de coleta de potes ficam no próprio Banco, dentro da Maternidade, localizada na Rua Presidente Costa e Silva, bairro São Pedro, zona leste de Boa Vista, e na sede do Corpo de Bombeiros Militar de Roraima, na Avenida Venezuela, bairro Pricumã, zona oeste, próximo ao viaduto.

A coordenadora do Banco de Leite, Sílvia Furli, chama atenção para a data que se aproxima: Dia Mundial da Doação de Leite Humano, celebrado no dia 19 de maio. Para ela, uma oportunidade para reforçar o estoque.

“Temos hoje 50 mães doadoras ativas, número que oscila bastante, para atender os 20 prematuros que hoje estão internados na nossa UTI Neonatal. O leite materno representa a vida para esses bebês, além de ser o alimento ideal e o mais correto em termos de nutrição para eles”, destacou, enfatizando a necessidade de mais doações para não prejudicar o desenvolvimento das crianças que ficam internadas.

Ela explicou que, para se tornar uma doadora, a interessada deve preencher um cadastro na Maternidade e fazer os testes de HIV e VDRL (o que detecta a doença de sífilis). Após o resultado negativo para os dois, a mulher estará apta a doar. A partir daí, um kit contendo máscara e touca é entregue à doadora, que é orientada a higienizar as mãos e as mamas, e por fim, a não usar perfume nem permanecer dentro da cozinha no momento de retirar o leite. “O leite materno absorve odores, que infelizmente podem reprová-la na nossa seleção”, explicou a coordenadora.

O alimento pode ser armazenado em pote de vidro dentro do congelador por até 15 dias. O Corpo de Bombeiros é quem busca o recipiente semanalmente na residência da doadora, por meio do projeto “Amigos do Peito”. Mas também é possível coletá-lo no próprio Banco, em uma sala própria para a ordenha.

“O leite é enviado para os bioquímicos, que vão pasteurizar e processar. Após 48 horas, é liberado para o consumo. Esse é o procedimento correto e não utilizar o alimento cru. Inclusive, condenamos a amamentação cruzada, que é quando o bebê é alimentado diretamente por outra mulher, que não a mãe. A prática coloca a vida do bebê em risco, pois não foram feitos exames para saber que doenças a outra mãe tem. A amamentação é muito íntima, precisa ser ofertada com segurança”, argumentou a coordenadora.

ARMAZENAMENTO – Potes de vidro com tampas de plástico, como os usados para armazenar maionese e café, são os ideais para armazenar o leite humano. Eles podem ser doados em qualquer um dos dois pontos de coleta, sendo que o do Banco de Leite funciona 24 horas. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone do Banco de Leite: 4009-4939. (N.W)