Política

“Estamos pedindo socorro”, diz Jalser a ministros

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jalser Renier (SD), fez um desabafo acerca do tratamento dado a Roraima por parte do Governo Federal e cobrou uma solução definitiva e imediata para a crise migratória que assola o Estado. “Nós precisamos que essas reuniões, sejam reuniões com começo, meio e fim. Não podemos simplesmente chegar aqui, ouvir e não sermos escutados, não adianta. Precisamos de uma ação”, frisou ele. “Precisamos de algo que seja feito de imediato porque daqui a pouco a população de Roraima vai padecer, o Estado vai padecer e as pessoas vão ficar numa situação difícil, de fome, de absoluta miséria”, disse.

Jalser fez um breve histórico sobre os entraves pelos quais passa Roraima para alavancar seu desenvolvimento, citando a questão da energia elétrica via Linhão de Tucuruí, que até hoje não teve uma resolução, passando pela barreira na BR-174 na Terra Indígena Waimiri-Atroari, fechada diariamente por 12 horas, e chegando ao quantitativo de terras demarcadas pela União em Roraima. “Os senhores me desculpem, isso aqui não é um discurso. É um desabafo porque é uma situação que nós já tentamos por diversas vezes. Isso aqui é um problema institucional, problema do Estado. Não existe bandeira política ou partidária, existe um pedido de socorro iminente de um Estado que sofre a cada dia que passa, pela miséria, pela falta de condições que Roraima precisa para se desenvolver”, ponderou.

Ele afirmou ouvir há mais de 20 anos que essas situações serão resolvidas. “Estou há 24 anos na vida pública e há 24 anos eu escuto isso: o Governo Federal vai tirar a barreira da 174, o Governo Federal vai resolver a questão da energia. E nós não chegamos a lugar nenhum”, ressaltou Jalser.

O presidente da Assembleia pediu mais controle na fronteira Brasil-Venezuela e também um esforço concentrado nas ações de acolhimento dos imigrantes quando chegam a Roraima. “São seres humanos que precisam de abrigo, de proteção”, complementou. O deputado salientou que o processo de migração venezuelana está desordenado, e que cada instituição divulga números diferentes, reforçando a necessidade de se fazer um censo.