Opinião

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Brasil tem maior taxa de ansiedade do mundo; entenda a doença

Luciano Passianotto*

O Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgados no final de fevereiro, 9,3% dos brasileiros sofrem de algum transtorno de ansiedade.

Apesar de existirem diversos fatores que levam a esta condição, é possível identificar algumas das principais causas. A situação política e econômica do país, por exemplo, aliada à desigualdade, ao desemprego e à recessão, pode ser uma causa, além dos fatores ambientais, como o estilo de vida conturbado dos grandes centros urbanos.

A ansiedade é uma reação natural do nosso organismo, que busca adaptá-lo para uma situação de estresse, como uma luta ou uma fuga. Ela se torna patológica quando o corpo reage de forma descompensada e desproporcional a esse estímulo ou reage na ausência de um estímulo.

Condições como o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), transtorno de ansiedade generalizada e fobias, incluindo fobia social e síndrome do pânico, têm as mesmas origens do transtorno de ansiedade. Todas elas têm mais ou menos essas características, mas cada um é associado a questões ou situações específicas e apresenta sintomas diferentes.

Uma maneira de tratar a ansiedade é a psicoterapia, em que é possível identificar a origem e os gatilhos das situações que geram ansiedade, permitindo que se estabeleçam estratégias para que o paciente lide melhor com ela.

A associação da psicoterapia com os medicamentos tem melhores resultados, uma vez que a primeira trata das causas e a segunda, dos sintomas.

A ansiedade pode afetar pessoas de todas as idades, sendo necessário estudar quais são as técnicas mais apropriadas para tratar crianças, adolescentes, adultos ou pessoas na terceira idade.

Há quem não encare com seriedade a ansiedade e outros transtornos, incluindo os próprios governos. Por conta disso, a OMS escolheu a depressão para ser o tema de uma campanha internacional e, assim, chamar atenção para a condição.

As doenças psicológicas são uma das maiores causas de afastamento do trabalho, são responsáveis pelo aumento no risco de suicídios e ainda são vistas com preconceito, principalmente por aqueles que não as compreendem. A ansiedade patológica provoca níveis de prejuízo altíssimos afetando o dia a dia de quem sofre e, por isso, precisa ser tratada.

*Psicólogo clínico de jovens e adultos

  Morte laboral

Tom Zé Albuquerque*

Estava eu em um ambiente de conversação quando uma pessoa se manifestou a favor da reforma da previdência, alegando (entre outros argumentos) que o brasileiro deveria gostar de trabalhar e parar com essa bobagem de se aposentar cedo. Foi assustador…

Considerando que comecei a trabalhar aos 14 anos, e contribuí para a previdência neste mesmo tempo, ao me aposentar aos 65 anos terei trabalhado – e pago meus encargos – por longos 51 anos. Excluindo-se as fases infantil e pré-adolescente, e respeitando o fator “vida útil”, eu gozarei de tempo livre em vida menos que uma década (coitados dos meus netos!). Estranho este tipo de análise, mas é exatamente isso que o governo brasileiro atual vai fazer: transformar a aposentadoria num óbito coercitivo.

Qualquer leigo inteligente é capaz de detectar que a reforma da previdência, sob o nefasto argumento de possível rombo financeiro, se enquadra numa das maiores mentiras já erguidas por este governo díade (leia-se: PT + PMDB). O pior é que como o poder vigente detém a fatia majoritária no Congresso Nacional, o trabalhador brasileiro – cuja maioria tem sustentado eleitoralmente essa mamparra partidária – se ferrará, mais uma vez. O que mais irrita e revolta é os petistas tentarem, neste momento, se desatrelar dos pemedebistas, aliados históricos que vêm destruindo o país há quase duas décadas, e para qual o legado negativo ecoará durante todo este século.

O PMDB é o retrato de um Brasil patrimonialista, fruto da colonização, do Neocolonialismo, das capitanias hereditárias, do nepotismo, da troca de favores com uso irrestrito do que é público. O PT, mais calculista, defende um comunismo disfarçado de socialismo, na ditadura da dependência e da alienação, sustentado pelas teorias transloucadas e retrógradas de Karl Marx. Olavo de Carvalho trata esse povo como “boboca que desconhece tudo aquilo que despreza, sendo forçoso que o horizonte de problemas pensado por Marx pareça em comparação, com o nada”. Não há, neste país, nenhuma classe mais hipócrita que petista: defende a igualdade, a equidade, a capacidade contributiva, mas saqueia os cofres públicos criando a maior disparidade econômica já vista na história do Brasil, aos quais seus membros usufruem de tudo o que é de mais caro e requintado. Olha que esse rótulo não é pouca coisa, considerando que aqui sempre foi uma província e curral do externo: europeu e americano.

A reforma da previdência é um crime arquitetado pela política brasileira para gerar mais dependência da população. Nessa turbulência, algo se projeta como um despautério… a aposentadoria dos políticos brasileiros.

O que é um político? É um concursado? Qual a forma de ingresso no serviço público? Por que eles gozam de benefícios de aposentadoria? Aliás, por que eles se aposentam com o dinheiro público e não através das empresas que trabalham (se é que trabalham)? O que faz com que alguém que trabalhe por meio século possa somente se aposentar após sua esguia e dilatada vida de suor e contribuição, enquanto um político que exerça um cargo político transitório em apenas 8 anos tenha o direito da aposentadoria integral?

Isso só ocorre em face da alienação do povo brasileiro, que se prende defronte à TV, atolado em novela, com os gols do Neymar, com a contratação do Flamengo ou do Corinthians; ou fora dela ao invadir centros de treinamento de seu time para exigir mais dedicação de seus jogadores. Mas invadir o Congresso ninguém vai; exigir que o homem público cumpra tão-somente o que lhe foi atribuído ninguém quer.

O Brasil não tem jeito. Vivemos num redil, cuja ignorância social prevalece e massacra a quem se contrai a pensar. Como ter orgulho disso aqui?

*Administrador

 Para convencer, é preciso se autoconhecer

Eduardo Ferraz*

Uma das principais características de alguém com ótimo poder de convencimento é o autoconhecimento. Afinal, um bom persuasor sabe que não adianta aceitar atribuições que não domina, pois perderá cre¬dibilidade e, com isso, seu poder de convencer.

Eficiência, aqui, significa priorizar o que tem grande chance de êxito e descar¬tar, rapidamente, casos em que não tenha aptidão para fazer bem-feito. Pessoas com bom autoconhe¬cimento possuem características marcantes. Confira algumas dessas características, aprenda a se conhecer melhor e, consequentemente, ser mais convincente:

Conhecer seus pontos fortes: pontos fortes são apti¬dões naturais ou atividades em que a pessoa tem ótimo desempenho, mesmo com pouco esforço. Quem se auto¬conhece faz o possível para usar a maior parte de seu tempo no aprimoramento dos talentos. O detalhista, por exemplo, procurará atividades que tenham regras claras e em que possa ser reconhecido e valorizado por ser meticuloso;

Conhecer seus pontos limitantes: pontos limitan¬tes são pontos fracos que prejudicam seu desempenho atual. Quem se autoconhece sabe que precisa melhorar o seu desempenho em algumas áreas nas quais não tem afinidade. Por exemplo, o impaciente sabe que precisará diminuir o ritmo em atividades que exijam precisão e controle, mesmo preferindo ser rápido na maioria das outras situações;

Ser autoconfiante: demonstrar confiança não significa arrogância, mas pleno conhecimento dos próprios limites;

Gente que se autoconhece costuma ser mais segura em seus argumen¬tos, pois sabe mensurar sua capacidade de entregar o que promete. Isso gera uma reputação vencedora em seus posicionamentos. Afinal, para convencer, é preciso estar convencido!

*Consultor em Gestão de Pessoas há mais de 25 anos

 SANTA

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Essa que passa por aí, senhores,De olhos castanhos e fidalgo porte,É a princesa ideal dos meus amores,É a mais franzina pérola do norte”. (Hermeto Lima)

Conheci esse soneto, do Hermeto Lima, quando eu ainda era adolescente. Apaixonei-me pelo soneto. É uma joia rara. Pena que não dá para mandá-lo na íntegra pra você. Mas tudo bem. O que importa mesmo é o sentimento que ele me transmite. A admiração que sempre tive pela mulher, no que ela realmente é. Muitas vezes não me entenderam quando protestei contra os movimentos feministas. Sei que eles são de relevante importância para tirar a mulher da “prisão” em que ela ainda vive. O que vejo é que ela não necessita de brigar, reclamar, nem esbravejar. Tudo o que ela tem que fazer é valorizar-se no que ela realmente é: a produtora e criadora.

A Louise L. Hay tem uma frase que é a seta indicando o caminho que nem sempre é observado pelas mulheres: “Sua mente é a única ferramenta que você pode usar da maneira que quiser”.

Quando você se conscientizar dessa verdade, seu sexo passará a ser secundário, no seu desenvolvimento, mental, espiritual, cultural, social e racional. Não importa se você é homem ou mulher: somos todos iguais nas diferenças. Mostre seu valor sendo o que você é, fazendo o que deve fazer como deve ser feito, e só. Você tem todo o poder do mundo sobre sua mente. O importante é saber dirigi-la no rumo certo.

O amor é o instrumento mais eficaz na sua mente. Use-o com sabedoria. E ninguém mais do que você pode fazer isso por você.

O que já ratifica seu poder. Ame-se como a mulher que você é. Sua mente é a mais poderosa arma que você tem em sua defesa; e você é seu defensor. O segredo está em como você usa sua mente. Nunca baixe sua cabeça. Não importa o que querem que você seja; o que importa é o que você sabe que é o melhor de você.

Somos todos da mesma origem. Nossos sexos foram criados de acordo com a deformação deste mundo, na sua fase inicial de evolução. E de onde viemos e para onde iremos, não há unidade de tempo. Por tanto, faça sua parte para seu desenvolvimento, independentemente do seu sexo. Valorize-se como mulher; e você será considerada de acordo com o valor que se dá. Espelhe-se nos grandes exemplos femininos na história da humanidade. Sua beleza está no que você demonstra como mulher. E ela deve ser tratada no maior salão de beleza do mundo, que é o Salão de Beleza de Deus.

E isso independe de sua religião, crença ou não. O que importa mesmo é a direção que você dá à sua mente. Ame-se e você distribuirá amor. E o amor é a base da felicidade. Logo, seja feliz com e no amor. Pense nisso.

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