Finanças

Visao de Negocios 13 03 2018 5797

Editorial

Vivemos uma época de inovação, disrupção e transformação sem precedentes. Atualmente, apenas 1% do que poderia estar conectado à internet está de fato conectado. Estima-se que 50 bilhões de “coisas”, inclusive sensores de chips RFID (identificação por radiofrequência), estarão conectadas à internet até 2020.

Ao mesmo tempo, é projetado que dois bilhões de empregos serão eliminados globalmente até 2030 com a automação de processos nas grandes corporações. Abre-se uma oportunidade inédita para aproveitar melhor as qualidades humanas – criatividade, inteligência emocional – e deixar para as máquinas as tarefas repetitivas e previsíveis. Nesses novos tempos, não importa mais o que sua empresa oferece, mas o que o cliente espera de você. Quais são seus hábitos?

Além de produto ou serviços, que valores ele espera que sua empresa entregue? Escute o seu cliente, amplie os canais de comunicação, pense nele não apenas como um público-alvo, mas com uma pessoa. Na era da transformação, clientes não mais preços ou ofertas, e sim experiências – que não começam nem terminam no produto em si, mais avançam pra as dimensões do relacionamento, da confiança, do propósito além do lucro. Você está preparado para era da transformação?

Fabiano de CristoConsultor [email protected]

VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA ERA DA TRANSFORMAÇÃO?

Você está pronto para interagir com 50 bilhões de “coisas” que estarão conectadas à internet até 2020? O que fazer diante de novas tecnologias que demoram em média 35 dias para alcançar uma massa crítica de 50 milhões de usuários? Ou para aproveitar as oportunidades de cortes de custos de operação que podem passar de 40% com a robotização de processos?

Em um contexto onde tudo pode mudar a cada segundo – dos novos negócios que surgem para colocar em xeque modelos antigos até as novas tecnologias que podem tornar obsoletas as formas de relacionamento entre empresas e fornecedores –, fazer as melhores perguntas é crucial para encontrar o caminho certo.

Velhos modelos são cada dia, colocados em xeque por novos e disruptivos negócios que já nasceram sob a lógica digital e levam à obsolescência as empresas enraizadas em estruturas operacionais antigas, independentemente do esforço para incorporar novas tecnologias. Em junho de 2017, pela primeira vez na história, houve menos viagens com os icônicos “carros amarelos”, como são conhecidos os táxis americanos, em Nova York na comparação com a soma das viagens feitas em veículos ligados aos aplicativos, liderados pelo uber.

Navegar nesta nova era da transformação causa impactos irreversíveis no mundo como conhecemos, seja em pessoas, organizações ou governos. Hoje, uma nova tecnologia demora em média apenas 35 dias, ou pouco mais de um mês, para alcançar uma massa crítica de 50 milhões de usuários. Há um imenso desafio posto à mesa: adotar a mais nova tecnologia da moda – analiytics, IoT (internet das Coisa), inteligência artificial, robótica, blockchain, big data – garante o ingresso da minha empresa nessa nova era digital?

A resposta, infelizmente, é negativa. A incerteza das empresas tradicionais em como se encaixar na transformação digital decorre da falta de resposta para uma pergunta cuja resolução não é tão simples assim: afinal, o que eu desejo transformar? A transformação digital não será feita simplesmente embarcando uma nova tecnologia digital em um processo existente a arraigado por décadas na cultura da empresa. Um ambiente empresarial e operacional, em boa medida, ainda preso às amarras analógicas do século passado.

A transformação digital significará, na realidade, a transformação do modelo dos negócios e do próprio ambiente empresarial. A partir de agora, todas as empresas terão de ser, em sua essência, e não importa suas áreas de atuação, empresas de tecnologia, trata-se de uma completa reinvenção de cadeia de valor e das fronteiras do negócio ao redor de uma nova arquitetura que é, em sua natureza, 100% digital.

Toda essa transformação é um fenômeno democrático e homogêneo. Afinal, não é apenas sua empresa, mas todos os seus concorrentes, que lidarão com os mesmos dilemas nos próximos anos. Levará vantagem, assim, quem largar na frente e encontrar as respostas corretas para as melhores perguntas. O mundo digital ajudará minha empresa a fazer menos ou ser mais? O meu negócio está pronto para abraçar a transformação digital? Estou preparado para absorver tecnologias que ainda não existem?

Não existem respostas prontas, e nem mesmo soluções inspiradas na atuação dos concorrentes. Encontrar a combinação certa da tecnologia e novos modelos de negócios é o que garantirá o sucesso daqui pra frente. Pense nisso e até a próxima semana.

RESENHANDO

O profissional de marketing do futuro exige mudança. Os clientes estão ajustando os métodos de marketing tradicionais, enquanto consomem informações e tomam decisões de compra por meio digital. O setor de marketing deverá se reinventar, procurando novidades, tecnologia e tendências. A questão é que existe uma infinidade de dados, mas que precisa de insights para identificar as oportunidades no mercado. Na transformação digital do marketing será necessário deixar as zonas de conforto e assumir riscos. Toda jornada de transformação digital será diferente e dinâmica e as empresas devem se adaptar constantemente e rapidamente às necessidades dos clientes. Portanto, verifique qual é a melhor abordagem que pode ser aplicada em sua empresa para manter sua competitividade no mercado na era da transformação.