Parabólica

Parabolica 16 06 2017 4227

Bom dia!Teremos festas juninas todos os dias até o começo de julho próximo, parte dos dias patrocinados pela Prefeitura, na Praça Fábio Paracat (Boa Vista Junina), outra parte pelo Governo do Estado, no Parque Anauá (Arraial do Anauá). Serão dias felizes, com o povão servindo de recheio para meia dúzia faturar um pouquinho e os políticos aparecerem em ambos os recintos faturando um pouquinho de votos, afinal, as eleições estaduais de 2018 se aproximam.

Pois bem, no front da política estadual, o relacionamento entre a bancada de deputados da oposição na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) e a governadora do Estado, Suely Campos (PP), voltou a azedar, não se sabe bem por quais razões. Depois de indiciar a governadora por conta de irregularidades no uso de recursos federais no Sistema Penitenciário Estadual, os deputados ameaçam agora com a aceitação de um pedido de impeachment contra a chefe do Poder Executivo estadual, cujo começo é possível saber, mas a duração e desenlace resta imprevisível.

Nossa bancada federal, de três senadores e oito deputados federais anda preocupada com seus próprios umbigos. No Senado Federal, Telmário Mota (PTB) e Ângela Portela (PDT) têm assumido posições de esquerda, e comprometida com o indigenismo isolacionista que hoje é a corrente majoritária dentro do Estado Federal. O outro senador, Romero Jucá (PMDB), empenha-se em salvar a própria pele – é acusado em vários processos de ter recebido propina-, e tenta igualmente evitar o afundamento do governo de seu parceiro Michel Tremer (PMDB).

Embora alguns de nossos deputados federais tenham notada boa fé, a bancada como um todo é inexperiente, e não consegue unidade política – com “P” maiúsculo-, para exigir que o Governo Federal, e suas instâncias, tratem os interesses de Roraima sob o ângulo das nossas prioridades e desejos legítimos, e não dos objetivos do aparato indigenista/ambientalista que está aparelhando suas estruturas burocráticas para fazer de Roraima um “Estado Indigenista”.

Como se sabe, somadas as Terras Indígenas, as Unidades de Conservação, as Áreas de Reserva Legal no interior das propriedades – todas já institucionalizadas -, as Áreas de Proteção Permanente e as inaproveitáveis, o estado de Roraima dispõe de menos de 7% de sua superfície para o aproveitamento econômico. Esse restinho de território que pode ser utilizado para a produção agropecuária ainda depende fundamentalmente da elaboração e aprovação do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) para que os produtores, independente do tamanho, possam produzir com segurança jurídica.

Acontece que enquanto dançamos na Praça Fábio Paracat e no Parque Anauá; enquanto assistimos o duelo entre Executivo e Legislativo estadual e municipal – e não estamos aqui, interessados em saber de que lado está a razão-; enquanto nossos senadores estão envolvidos e enredados por ideologias estranhas aos direitos da maioria da população roraimense; e finalmente, enquanto nossa bancada de deputados federais, desprovida de musculatura política, vai sendo levada no “beiço” pelo Governo Federal, o aparato ambientalista/indigenista avança na direção de golpear de morte as mínimas possibilidades de Roraima experimentar um desenvolvimento inclusive, para livrar a economia local do contracheque chapa branca que já está esgotada, faz algum tempo.

E o leitor e a leitora devem estar se perguntando as razões de escrevermos essas coisas críticas e com certo pessimismo. Essas razões podem ser identificadas a partir da leitura de uma Recomendação ao Governo do Estado, feita pelo Ministério Público Federal local, à cerca do Zoneamento Ecológico-Econômico que ainda se encontra na fase do relatório técnico sendo elaborado por técnicos do governo estadual.                        FERIADÃOEssa foi contada pelo colunista José Simão, também conhecido como “Macaco Simão”, para tentar explicar porque ontem (quinta-feira, 15), foi feriado, ensejando que hoje também fosse “enforcado”, especialmente por servidores públicos, criando mais um “feriadão” neste Brasil, de muita riqueza e sem qualquer desemprego. Simão disse que a quase totalidade dos brasileiros e das brasileiras não sabe por que no dia de “Corpus Christi”, um evento do calendário católico, é feriado. Para sustentar sua afirmação, Simão disse que pegou um táxi ontem e, ao sair do veículo, o taxista disse: “Bom dia, Simão. E bom “Habeas Corpus”.ERRAMOSA Parabólica errou ao noticiar que a governadora Suely Campos estaria presente no encontro de governadores com o presidente Michel Temer, realizado na noite de terça-feira passada, no Palácio da Alvorada. Quem esteve no encontro, representando Roraima, foi o vice-governador Paulo César Quartiero (sem partido). Nossa “barrigada” ocorreu por conta da utilização de uma fonte oficial do Palácio Hélio Campos que garantiu a presença da governadora no convescote convocado pelo presidente, que prometia medidas para desafogar a vida financeira dos estados endividados.APROVEITANDOO ex-governador Anchieta Júnior (PSDB) tem aproveitado as redes sociais para alfinetar a atual administração. Depois da posse de 300 novos servidores nos quadros da Secretaria Estadual de Saúde (SESAU), ele foi ao Facebook dizer que o concurso foi realizado por seu governo. Ontem, pela mesma rede social, ele disse ter visitado o Hospital Geral de Roraima, criticou a situação ali encontrada; lembrando da necessidade da conclusão do anexo do HGR, afirmando ter deixado dinheiro, em caixa, para o término da obra.