Parabólica

Parabolica 16 01 2017 3524

Bom dia!SUCATEADAO presidente da Eletrobras Distribuição Roraima, Anselmo Brasil, repetiu ontem, no programa Agenda da Semana, da Rádio Folha, o que já havia declarado antes: o serviço prestado pela Companhia Energética de Roraima (CERR) aos 14 municípios do interior, inclusive às suas comunidades, indígenas ou não, era da pior qualidade. E este cenário desolador não é referente apenas à infraestrutura sucateada, mas extensivo a uma gestão temerária que levou a empresa a literalmente falir. BILIONÁRIAAinda segundo Anselmo Brasil, a dívida do Governo do Estado de Roraima e da CERR para com a Eletrobras alcança cerca de R$ 470 milhões, aí incluídas as faturas da energia fornecida a de prédios da administração estadual, direta e indireta, e de contas de fornecimento da energia que a empresa estadual comprava para distribuir para o interior de Roraima. Se a esta dívida for somado o empréstimo assumido pelo governo – hoje ao derredor de R$ 700 milhões-, e as obrigações trabalhistas e indenizatórias que a CERR terá de pagar a seus trabalhadores, a conta ultrapassa facilmente à bagatela de R$ 1,3 bilhão.MAIS ACHADOSPara um observador mais ou menos atento um detalhe chama a atenção neste imbróglio que envolve o Sistema Penitenciário Estadual. Antes da matança na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), foi feita uma revista e nela foram aprendidos armas, pólvora e celulares. Veio a chacina e nova revista foi efetuada, e novamente farto material foi encontrado, o que denota uma situação de completo afrouxamento do controle de acesso à PAMC. Lá, parece entrar qualquer coisa que os bandidos desejarem. ORIGEMTem muito indigenista e organização não governamental torcendo o nariz por causa da nomeação do general da reserva, Franklimberg Ribeiro de Freitas, para a Diretoria de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Fundação Nacional do Índio (Funai). Essa gente que gosta de criar confusão não leva sequer em consideração o fato de que o general Franklimberg é de origem indígena. Coisa que a maioria deles nem passa longe. COMPARAÇÃOÉ comum ouvir a expressão: quanto mais se gastar bem em educação, menor será a necessidade de gastar com presidiários. Os números parecem dar razão a quem pensa assim. Os dados divulgados, em decorrência da chacina nas cadeias de Manaus, indicam que um presidiário custa ao governo amazonense algo em torno de R$ 5 mil por mês. A recente decisão do governo federal de adotar o ensino em tempo integral em oito escolas da rede estadual de ensino médio vai resultar na transferência de R$ 2 mil/ano, por cada aluno beneficiado. É uma diferença monumental, um preso custa R$ 60 mil/ano. Trinta vezes mais.AINDAUm leitor mandou whats para a Parabólica dizendo que já passamos da metade do mês de janeiro, e em pelo menos dois logradouros a decoração de Natal ainda continua, apesar de já ter passado até o Dia de Reis. Uma delas é decoração do prédio do Tribunal de Justiça, a outra é a da Prefeitura de Boa Vista na Avenida Centenário, onde os postes continuam com iluminação natalina. E a Eletrobras não tem refrescado no aumento da energia elétrica.DESEMPREGOBoa parte da imprensa é flagrantemente favorável ao governo Michel Temer (PMDB), tanto que a cobertura feita sobre a redução da taxa Selic pelo Banco Central foi saudada como o recomeço do crescimento econômico do país. Pois bem, dados do Banco Mundial indicam que o desemprego no Brasil vai chegar, em 2017, a 13,8 milhões de brasileiros e brasileiras. É o maior número de desempregados dentro de um mesmo país, exceto os existentes na China e na Índia, cujas populações ultrapassam 1,3 bilhão de almas.TRANSPORTEO acidente com um veículo que transportava crianças para uma escola numa comunidade indígena é uma boa oportunidade para que os técnicos iniciem uma ampla discussão sobre esse serviço. É claro que a utilização de camionetas para transportar crianças não é adequada, mas a utilização de ônibus escolares também não se justifica pelo número de alunos transportados. A única coisa certa é que o volume de recursos é muito grande.LOCALE a administração estadual, através da Secretaria de Comunicação, resolveu apostar no talento local ao contratar a Platô Filmes, do cineasta Tiago Bríglia, para produzir a peças publicitárias do governo. Tiago Bríglia, que é roraimense, já produziu vários filmes, todos com elogios de crítica e público. A Sacada continuará com agência publicitária do governo Suely Campos (PP).RACHADAA eleição para a presidência do Senado Federal rachou a bancada de senadores e senadoras do PT. Uma parte da bancada petista quer sucumbir ao pragmatismo e aceita votar no senador cearense Eunício – Índio, segundo o delator da Odebrecht – Oliveira, do PMDB, em troca de cargos na Mesa Diretora. Um grupo de cinco senadores, inclusive a senadora roraimense Ângela Portela e as senadoras Fátima Bezerra (RN), Regina Silva (PI) e Gleise Hoffman (PR), além do senador carioca Lindemberg Farias, não quer saber de acordo com o PMDB.