Opinião

Opiniao 31 05 2018 6300

Aumentos constantes no preço dos combustíveis. Até quando? – Flamarion Portela*

Nas duas últimas semanas, o País viveu uma espécie de caos que não era visto há muito tempo. A greve dos caminhoneiros em protesto pelos aumentos quase que diários dos combustíveis teve um reflexo impactante na vida de todos os brasileiros.

Por todo o Brasil, inclusive em Roraima, os caminhoneiros bloquearam rodovias impedindo a passagem das cargas, inclusive combustíveis, o que causou desabastecimento em quase todas as capitais e grandes cidades do País, provocando a paralisação parcial do transporte público, cancelamento de voos e até falta de gêneros alimentícios e medicamentos e insumos para unidades de saúde.

Mas, as manifestações, apesar de terem alterado a rotina de todos, recebeu o apoio irrestrito da sociedade que, além de concordar com as reivindicações dos caminhoneiros, também foi às ruas em vários estados como forma de pressionar o Governo Federal a atender as demandas da categoria, que acaba sendo uma demanda de toda a população.

Só para que o leitor entenda um pouco o que levou o Brasil a chegar a esse ponto de caos econômico, tão logo o presidente Michel Temer (MDB) assumiu o Governo, em 12 de maio de 2016, ele autorizou a Petrobras a mudar sua política de aumento no preço dos combustíveis, atrelando à variação cambial e à cotação internacional do petróleo. Isso fez que com os aumentos fossem quase que diários nas refinarias e, consequentemente, nas bombas dos postos por todo o Brasil.

Só para o leitor ter uma ideia, no início do Governo de Michel Temer, o litro da gasolina comum custava R$ 3,69, o do óleo diesel, R$ 3,02, e o botijão do gás de cozinha de 13 kg custava R$ 53,46. Esses preços são uma média, já que variam um pouco de região para região. Desde o início do seu governo, já foram 229 aumentos no preço dos combustíveis.

No Brasil, o preço dos combustíveis não é controlado diretamente pelo Governo Federal, já que existem outros componentes que, juntos com o preço nas refinarias, formam seu valor final ao consumidor.

De acordo com dados da Petrobras, o preço da gasolina na bomba, por exemplo, é composto por uma junção de fatores percentuais: 30% de custos de produção, 17% de impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins), 29% de imposto estadual (ICMS), 13% de custo do etanol anidro que é misturado à gasolina, e 11% de distribuição e revenda.

No último domingo (27), o Governo Federal anunciou que entre as medidas para acabar com a greve, está a redução do preço do diesel em R$ 0,46 por 60 dias, mas, após isso, os reajustes serão mensais.

Temer, porém, não sinaliza nenhuma alteração no preço da gasolina, nem se haverá mudanças na política de aumento do preço dos combustíveis pela Petrobras. Ou seja, a medida tomada pelo Governo é meramente paliativa e não vai beneficiar toda a população, que precisa de gasolina ou álcool para trafegar diariamente.

A população não pode pagar por uma política econômica desastrosa desse Governo, que está levando nosso País a um caos sem precedentes. *Ex-governador de Roraima

DE QUEM FOGES? – Vera Sábio*

Não dá para fugir e nem para olhar para trás.

A vida é feita de várias escolhas, no entanto nem tudo podemos experimentar para depois decidir. Fatos acontecem uma única vez.

Cada segundo é único, cada dia é único e as ações podem ser semelhantes, parecidas, no entanto são únicas. Nada ocupa o mesmo lugar no espaço e esta consciência nos possibilita acertar mais e conseguir evoluir.

Então do que foges?

Foges dos outros, se só você tem condições de ir ao encontro de quaisquer pessoas.

Foges da luta, se a cada dia os desafios batem a porta e entram, queira você sim ou não.

Foges do amadurecimento, se todos os segundos não voltam e te permite estar mais velho sempre.

Foges dos compromissos, se o futuro é o maior compromisso que tens, pois o passado é história, o presente é agora e o futuro depende do seu compromisso com a vida.

Foges de suas ações, se vives em movimento e tudo depende do que e como fazes estes movimentos.

Então na verdade, não foges, simplesmente adias.

Adiar é o verbo dos descompromissados, dos atrasados e preguiçosos. Afinal, quanto antes cumprires o seu papel, desenvolveres os seus talentos, mais lhes será dado e novas possibilidades se abriram a sua frente.

Assim, tem sorte, tem sucesso, é feliz e realizado quem não reclama e levanta cedo; não tem medo da batalha que lhe aguarda e faz seu possível, na confiança de que o impossível Deus sempre faz.

Não jogue seu destino nas mãos dos outros. Não fujas de tudo que és; pois diversas vezes o seu comodismo nem te deixa verificar, do que realmente é capaz.

Filho de peixe, peixinho é. Filho de Deus “deusinho” é. Temos um enorme valor e não podemos fugir dele.

*Psicóloga, palestrante, servidora pública, escritora, esposa, mãe e cega com grande visão interna. Compre meu livro “Enxergando o Sucesso com as Mãos” entrando em contato comigo. (991687731) www.enxergandocomosdedos.blogspot.com.br

Eu e a sorte – Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Engraçado… Costumam dizer que tenho sorte. Mas só eu sei que quanto mais me preparo mais tenho sorte”. (Anthony Robbins)

O maior golpe contra a falta de sorte é o preparo. Todas as pessoas preparadas têm sorte. O maior problema para os preparados sem sorte é a falta de preparo. Nem sempre sabemos o que é uma pessoa preparada. Talvez esteja aí o grande problema dos que estão se preparando sem a orientação necessária para o mundo que vão enfrentar depois de preparados. Não vamos criticar, mas apenas comentar. O número de profissionais que está sendo lançado no mercado de trabalho anualmente é assustador. O que leva o empregador a ser mais exigente na seleção de candidatos. E será que isso está sendo levado em conta nas escolas que deveriam realmente prepar
ar o profissional? Acredito que não. Bem recentemente demos um toque neste assunto, por aqui.

Nosso ensino nas escolas andou perdendo muito em qualidade, de décadas paracá. Matérias que deveriam estar na grade escolar, por uma necessidade do avanço tecnológico, foram abolidas do ensino. As coisas mudaram e continuamos parados que nem elefantes de circo. Estamos vivendo um mundo exigente na qualidade e não estamos nem aí para a qualidade nem mesmo do ensino. E como tudo começa no começo da vida, é no berço que devemos polir a madeira que nos dará a obra que desejamos para ela mesma. Simples pra dedéu.

Quando as mulheres iniciaram sua jornada profissional fora de casa, com a marcha acelerada para o progresso guiado pela igualdade social, profissional e humana, a coisa começou a degringolar. Não por culpa nem ineficiência da mulher, longe disso. Mas porque desde que as coisas começaram a mudar e exigir a participação fundamental da mulher, que ninguém se tocou que toda mudança exige mudanças. E ninguém mudou nada para que as coisas mudassem. Não houve preparo para que a mulher pudesse, dentro de um conforto necessário, cuidar das tarefas profissionais e domésticas. Porque neste contesto, qualquer das duas atividades que for relegada trará prejuízo para a formação da sociedade futura.

E nesse balaio de siri, quem perde é a educação que é, queiramos ou não, o esteio de toda a estrutura social. E ainda corremos o risco de não acreditar nisso e continuar nadando no pantanal da ignorância. E neste lamaçal não há como conviver com a sorte. Então vamos nos preparar para que possamos ser um povo de sorte sem ficar contando com a sorte. E sem esquecer o Miguel Couro: “No Brasil só há um problema nacional: a educação do povo”. Não custa repetir o certo. Pense nisso.

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