Opinião

Opiniao 22 06 2017 4256

Trânsito: o caminho é a educação – Flamarion Portela *Na semana passada, abordamos aqui nesse espaço o tema Educação para o Trânsito. Mas, devido sua importância, volto a colocá-lo em destaque para fortalecer mais ainda o debate com a sociedade na busca por um trânsito mais seguro, mais humano.

Esta semana, o Detran-RR lançou a terceira edição do Concurso de Educação para o Trânsito, voltado para alunos e professores de escolas da rede pública e privada. O Prêmio, que vai distribuir R$ 63 mil entre os vencedores em todas as categorias, tem por objetivo mostrar que conviver com o outro e demonstrar na prática atitudes essenciais à vida e à segurança, como tolerância, cooperação, gentileza e respeito ao outro e à cidadania, são fundamentais para um trânsito melhor.

Eu acredito na educação como instrumento transformador das nossas vidas pessoais, mas também da conscientização de uma sociedade.

Eu sempre dizia quando fui secretário de Educação, que não concebo família e escola desligadas. Os dois devem caminhar juntos, ligados, porque metade do tempo do dia útil nossos filhos passam na escola.

Nesse contexto, o secretário estadual de Educação, Jules Rimet, que é parceiro na divulgação do Concurso, tem um pensamento similar.

“Todos nós vivenciamos o trânsito todos os dias, desde a hora que vamos levar os filhos na escola, para o trabalho, o retorno pra casa, às vezes, à noite. Então, é importante a conscientização desde pequenos às crianças o respeito, a paciência. O trânsito é um teste. Às vezes estamos estressados e o trânsito demonstra isso muito rápido, quando aumentamos um pouco a velocidade, quando não queremos esperar o carro que está à frente e buzinamos”.

Quando a gente faz um debate de educação para o trânsito, buscando principalmente as escolas, quer dizer que estamos chamando a todos para discutir esse tema, elevar nossa consciência. Para a Diretora de Segurança no Trânsito do Detran, Angelice Janesko, é importante trabalhar os alunos desde a idade pré-escolar, porque eles são bastante incentivadores de um trânsito seguro, pois cobram os pais, os colegas.

“A educação é o melhor caminho para termos um trânsito mais seguro. Normalmente, os acidentes acontecem por imprudência, por falta de atenção, e através da educação para o trânsito podemos conseguir conscientizar a todos da importância de um trânsito seguro”.

A violência no trânsito no Estado de Roraima é inconcebível, inaceitável. Fazer um trânsito seguro não é responsabilidade exclusiva apenas do Estado e do Detran. É responsabilidade de todos nós, do conjunto da sociedade.

Eu conclamo as escolas, aos gestores, aos mestres, vamos dar as mãos para tentar dar a nossa contribuição e fazermos um trânsito mais seguro.

*Deputado e ex-governador de Roraima

Povo tibetano – Ranior Almeida Viana*Outro dia fiz um trabalho acadêmico a respeito do Povo Tibetano para a disciplina introdução ao Estudo das Relações Internacionais e o mostrei para uma pessoa muito querida dar uma conferida. Sua reação de espanto com o inesquecível comentário: “Nossa, muito interessante, não sabia disso.” Então resolvi mostrar um pouco da história do Tibete para você.

O Tibete tem uma área de 1.2028.400 Km², uma população de aproximadamente de 2. 920.000 habitantes, localizado em uma região de planalto da Ásia situado na região do Himalaia. O Tibete é a região mais alta do mundo e com uma altitude média de 4.9000 metros.

A história do povo Tibetano é marcada por guerras e conquistas. Os conflitos entre a China e o Tibete tiveram início durante a dinastia chinesa Tang (618-906 d.C.). Em meados do século XIII, o Tibete foi conquistado pelo império Mongol. Em 1720, foram os chineses, durante a dinastia Ching, que conquistaram o Tibete. Desde então, a China reivindica soberania sobre o território tibetano.

Já em 1912, com a queda da dinastia Ching, os tibetanos conseguiram adquirir independência. Em 1913, o 13° Dalai Lama (é o título de uma linhagem de líderes religiosos da Escola Gelung do Budismo Tibetano e que significa, em mongol, “Oceano de Sabedoria”) declarou oficialmente a independência do Tibet.

No ano de 1933, com a morte do 13° Dalai Lama, o Tibete sofreu um maior enfraquecimento político. Principal ator deste conflito foi Mao Tsé-Tung, líder da Revolução Chinesa e presidente e fundador da República Popular da China, pois foi durante o seu governo a invasão ao Tibete. Dalai Lama 14° nascido em 1935 fugiu do Tibete depois do levante em 1959. O líder espiritual dos tibetanos viajou o mundo para advogar por mais autonomia para sua terra natal, ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1989 e encontra-se exilado até hoje na Índia. Chamaram muita atenção os protestos em prol da independência do Tibete (pouco noticiado) ocorridos durante os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008.

Portanto, olhando pela lente do realismo, se o Tibete assumisse autonomia de Estado soberano, seus recursos naturais ficariam estagnados e isso poderia abrir caminho para uma nova invasão internacional de outra superpotência. Já utopicamente falando, seria muito interessante que o Tibete chegasse a esse estágio, dessa forma seu líder político e religioso poderia regressar e poderia de maneira tranquila e serena viver seus costumes e professar sua fé.

*Licenciado em Sociologia – UERR, Bacharelando em Ciências Sociais – [email protected]

Deseje, procure, e desempenhe – Afonso Rodrigues de Oliveira*“O desejo é a capacidade à procura da expressão, e ação é a procura do desempenho.” (Wallace D. Wattles)Associe tudo isso e a tranquilidade chegará. Todos nós já fomos surpreendidos pelas surpresas. Talvez ainda estejamos, e estamos, despreparados para não nos surpreendermos. “O ouro afunda no mar, a madeira fica por cima. A ostra nasce do lodo e gera pérola fina”. O que vale mais, o ouro ou a ostra? Depende de como você vê os dois. Porque é isso aí. Sua vida depende de como você vê a vida. E você só a vive como a vê. Nada mais do que isso. E é simples pra dedéu.

Seu dia, hoje, vai depender do seu estado de espírito. De como você está decidido a encarar os trancos sem se preocupar com eles. Mesmo porque eles fazem parte da vida. É a plaina que aperfeiçoa a obra, mas não melhora a madeira. “Por que ele consegue e eu não consigo”, é a maior bobeira que alguém pode dizer em relação aos seus fracassos. Os fracassos fazem parte do desenvolvimento. Eles são mais presentes nos menos desenvolvidos na racionalidade.

Ser racional não significa ser superior, mas estar no seu lugar certo. E quando estamos no lugar certo não temos por que dar atenção aos desacertos. O mais racional é você nunca perder seu tempo alimentando problemas. E você os alimenta quando pensa neles. Pensamentos negativos é o mais nutritivo alimento para os problemas. Quando o problema aparece é porque você está necessitando de uma solução. E por que alimentá-lo se você quer se livrar dele? O tamanho do problema depende da dimensão que você lhe dá. Pare de ficar se lamentando. Você é tão forte quanto o mais forte. Tudo vai depender da dimensão dos seus pensamentos. Eles tanto podem estar levando você para a vitória quanto para a derrota. O problema é seu.

Reflita sobre isso, mesmo que você não acredite nisso. Seus resultados vão depender de suas crenças. E a maneira mais eficiente de crer, é crer em você mesmo. “O reino de Deus está dentro de você”. Difícil é você acreditar nisso. E não acreditando nisso não acredita em você. E não acreditando em você, nada feito. Quando estiver se considerando uma ostra, pense na pérola que ela pode produzir, e produz. Se você jogar a moeda de ouro no lago ela vai parar lá no fundo. E você vai ter que mergulhar para retirá-la.

A vida só é difícil para quem não sabe vivê-la. Os problemas fazem parte da evolução. Evoluir é saber liderar e vencer os problemas com dignidade. E você pode fazer isso como qualquer vencedor. Vencer ou perder depende de como você encara o adversário. Se como simples adversário, ou como inimigo. Pense nisso.

*[email protected]