Opinião

Opiniao 20 09 2017 4810

A energia elétrica – Dolane Patrícia*

Economizar energia não é apenas uma questão de diminuir o valor da fatura. É também uma questão de educação ambiental, pois, o Brasil hoje possui problemas no setor energético e, em Roraima, essa questão é ainda mais grave. Apesar de não ser muito falado, esse é um assunto que influencia diretamente a vida de milhões de brasileiros.

O Brasil possui muitos rios com grandes desníveis, uma das soluções mais econômicas para produzir energia é aproveitando a força das águas, construindo usinas hidrelétricas.

As usinas hidrelétricas produzem mais de 90% da energia elétrica consumida no Brasil. Elas dependem da água dos rios em níveis adequados em seus reservatórios para gerar energia.

Dessa forma, construir novas hidrelétricas significaria grandes impactos ambientais, pois tendem a alagar áreas extensas, alterando o ecossistema. Quanto as usinas térmicas, elas têm um custo de geração bastante elevado e poluentes que são prejudiciais ao planeta, no entanto, funcionam como suplementação do sistema quando as hidrelétricas, por motivo de escassez de chuvas, não têm condições de gerar toda a energia de que o País necessita.

Segundo o site Enciclopédia Livre, O SIN – Sistema Interligado Nacional – “é um sistema de coordenação e controle, formado pelas empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte, que congrega o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil, que é um sistema hidrotérmico de grande porte, com predominância de usinas hidrelétricas e proprietários múltiplos, estatais e privados. Apenas 1,7% da capacidade de produção de eletricidade do país encontra-se fora do SIN, em pequenos sistemas isolados localizados principalmente na região amazônica.”

Roraima é o único do Brasil em sistema isolado, uma vez que compra eletricidade hidrelétrica da Venezuela. E se houve muito reclamar dos venezuelanos em Roraima e muitos até desdenham daquele País, mas a verdade é que se a Venezuela interromper o fornecimento de energia para nosso Estado, a coisa vai ficar literalmente “preta”.

O Sistema Interligado Nacional do Brasil é um sistema predominantemente hidrotérmico de grande porte, constituído de instalações de produção e transmissão de energia elétrica, todas interligadas, que atende cerca de 98% do mercado nacional de energia elétrica.

O SIN foi criado para facilitar o intercambio de energia entre as regiões, diminuindo consideravelmente o risco de racionamento.

Já o ONS – Operador Nacional de Sistema Elétrico coordena e opera a geração, transmissão e energia elétrica do País, possui centros regionais para facilitar a integração com os agentes de geração e transmissão.

É preciso ainda levar em consideração que o número de termelétricas instaladas no país e a capacidade de geração de energia por elas são bem superiores aos anos anteriores.

É necessário antecipar-se a problemas futuros que demandem ações mais severas ao sistema elétrico, evitando medidas mais rigorosas, como por exemplo, o racionamento involuntário de energia.

Vamos contribuir com o meio ambiente desligando as luzes da sala ao sair por último da Faculdade, bem o como ar condicionado. Isso sem falar nas questões básicas, que é desligar as chaves do ar condicionado ao sair de casa ou ambiente de trabalho.

Alguns hábitos que nós temos podem ser mudados e isso vai ter influência direta no nosso bolso e também no meio ambiente, como por exemplo, ao utilizarmos a máquina de lavar, devemos lavar o máximo de roupas que for indicado pelo fabricante de uma só vez e também passar ferro nas mesmas de uma só vez. Lingeries e roupas mais delicadas podem ser passadas após desligar o ferro.

No que diz respeito à geladeira, não devemos usar a sua parte traseira para secar tênis, panos e roupas, uma prática muito comum na vida dos apressados. Outra coisa interessante, é que não devemos colocar paninhos sobre as prateleiras e precisamos ficar de olho nas borrachas de vedação da porta.

Ademais, podemos economizar energia diminuindo o uso do chuveiro quente. Além disso, é bom não comprar lâmpadas fluorescentes de marcas desconhecidas, pois até pioram o consumo de energia elétrica, uma vez que tem circuitos eletrônicos que podem piorar a qualidade de energia.

Além disso, devemos pintar as paredes com cores claras, prefira lâmpadas fluorescentes ou de LED, mantenha os lustres limpos, para evitar o uso de lâmpadas mais potentes, evite apagar e acender a luz o tempo todo.

Quanto ao computador, não deixe monitor, impressora, caixa de som, estabilizador e outros acessórios do computador ligados sem necessidade. E devemos evitar o mais comuns de todos os maus hábitos: Claro que tinha que ter relação com celulares e tablets: Deixar o aparelho “dormir” carregando.

A energia revolucionou por completo o modo de vida humano em todos os aspectos. Foi em 1879 que a energia foi usada pela primeira vez, deve ter sido uma alegria imensa…

O tempo passou e para nós a alegria dura somente até a chegada da conta de energia, com seus valores absurdos, mesmo com as constantes quedas que levam os donos de eletrodomésticos a loucura!

A grande verdade é que a energia alimenta nossas necessidades mais profundas e também nosso vícios, sim, afinal, você acha que não é viciado em nada, até ficar sem energia elétrica. Sendo assim… é melhor economizar!

*Advogada, Juíza Arbitral, Facebook: DraDolane Patricia e Dolane Patrícia II Acesse dolanepatricia.com.br WhatsApp: 9111-3740. Email: [email protected].

A empáfia faz mal – Afonso Rodrigues de Oliveira*

“É preciso deixar a vaidade, principalmente aqueles que não têm mais nada a perder.” (Balzac)

Os noticiários sobre a bagunça na política brasileira estão nos deixando nauseados. Falo sério. E sempre que vejo um dos grandes políticos, ou administradores públicos, caminhando cercado de policiais federais e algemado, sinto dó do cara. Aí fico imaginando como seria aquele cidadão diante dos simples. São os que não cumprimentam, senão os do seu ambiente, a menos que estejam em proximidade de eleições. Aí fico pensando o que se passará pela cabeça deles, neste momento. Não por se preocuparem com os simples, mas com os de sua categoria.

Às vezes falo de casos que vivi e a que assisti, e parece que estou brincando ou sendo crítico. Mas não é isso. Estou apenas contando o que vi. Sempre que estou em São Paulo, faço minhas compras da semana, em um supermercado ali, depois do viaduto, na Avenida da Liberdade. E pra economizar a caminhada, passo sempre pelo lado do Fórum João Mendes, por onde as autoridades saem, depois do expediente. Naquela tarde eu ia com o pão do café da tarde. Quando me aproximei da porta de saída lateral do prédio, uma autoridade saía. Devia ser um juiz, porque vinha acompanhado por dois seguranças em passos acelerados. Juro pra você, não estou exagerando. Tive que dar um pulo para trás, para não ser atropelado pelo trio. Um dos seguranças correu, abriu a porta do carro e a autoridade entrou. Os dois entraram e se mandaram. Alimentando minha curiosidade, permaneci um pouco mais, parado, vendo o carro se retirar. Saí sorrindo pela rua, mas nunca imaginando que muitas das maiores autoridade do Brasil estavam nadando no lamaçal de corrupção lamacenta.

Bem; eles estão nadando tentando se livrarem não do leão, mas dos jacarés da justiça. E enquanto isso, nós, pobres cidadãos incipientes, devemos abrir nosso caminho com esmero moral para não cairmos no pantanal da imoralidade. Mas é muito simples, embora não seja tão fácil assim. E é precisamente por isso que devemos ser fortes para fazermos nossa parte como ela deve ser feita, para que possamos ter moral diante dos nossos futuros descendentes.

Vamos respeitar mais a política. Não vamos inundá-la com nosso despreparo, mandando para a política os que deveriam estar se educando politicamente, para a função. Somos todos responsáveis pelos absurdos que estamos vivendo. Cada um desses incompetentes foi posto no posto por nós. Pelo nosso voto, na nossa ignorância. Então vamos nos educar para merecermos o respeito dos que elegemos para nos servirem. Vamos nos educar politicamente. Pense nisso.

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