Opinião

Opiniao 17 02 2017 3673

Um Movimento Antiglobalização – Alexandre Roberto Andrade Cavalcante*Uma resposta é clara para explicar a crise econômica mundial: a economia de mercado neoliberal não está dando certo! Muitos governos achavam que abrindo as portas para a economia de livre intervenção do Estado na economia, seria a solução para melhorar as condições de vida das pessoas. Porem, o levante de governos de extrema-direita como o de Donald Trump, nos mostra que a economia de mercado neoliberal está falindo. Mas uma solução é clara para substituir o neoliberalismo: um movimento antiglobalização.

O levante de governos de extrema-direita como de Donald Trump encontraram numa política antiglobalização a solução clara para voltarem a desenvolver sua economia. Mas uma política antiglobalização, não é sinônimo de fechar suas portas para que estrangeiros e estrangeiras entrem no seu país. O movimento antiglobalização não estimula em seus cidadãos e cidadãs o pensamento de anti-imigração.

A política de antiglobalização procura proporcionar meios que incentivem os países a se desenvolverem econômica, social e politicamente segundo sua própria realidade. Antiglobalização não significa fechar as portas para os outros países como faz a Coréia do Norte. Nem muitos menos estimular praticas de anti-imigração como faz  o governo estadounidense de Donald Trump. A política de antiglobalização é clara: cada país deve se desenvolver segundo seu próprio pensamento.

Depois da Segunda Guerra mundial, as nações desenvolvidas chegaram a uma conclusão: a humanidade precisava ser regida por instituições que abarcassem uma política universal. Todos os países a partir de então seriam influenciados por órgão como a ONU (Organização das Nações Unidas), OMC (Organização Mundial do Comércio), FMI (Fundo Monetário Internacional), Banco Mundial etc. O fato é que as nações do mundo inteiro agora seriam guiadas a se desenvolverem sobre a égide do pensamento de instituições que são governadas em sua maioria por europeus e européias e estadounidenses. Foi isso que a globalização mostrou para humanidade: Os europeus e européias e os estadounidenses são “superiores e superioras” ao resto da humanidade, por isso, a partir de então, o mundo deveria seguir as normas dos ditos “superiores e superioras”.

Esse tipo de pensamento enfraquecia os Estados de produzirem suas políticas, economias, cultura etc. de forma genuinamente nacionalizada. A vida dos brasileiros e brasileiras é totalmente diferente do resto da humanidade. Por que então o Brasil teria que adotar uma política, economia, cultura etc. que não foram produzidos pelos próprios brasileiros e brasileiras? Tal caso é o da China.

A China passou por vários problemas no século XIX e XX. No século XIX a China teve a Guerra do Ópio com Inglaterra e no século XX teve a forte e falida ditadura socialista que culminou na morte de milhares de pessoas. Mas a China colocou um escopo para se desenvolver econômica, social e politicamente: precisava-se imediatamente superar os desastres do passado. A primeira medida que o governo chinês fez para superar o passado foi abrir as portas para que empresas estrangeiras adentrassem no país.

Em 1978 o então secretário-geral do partido comunista chinês Deng Xiaoping assume a presidência do país. Com o pensamento de restaurar o desenvolvimento econômico da China, Deng Xiaoping abriu as portas do país para que empresas estrangeiras pudessem alavancar a economia do país. O foco de Deng Xiaoping era promover o desenvolvimento econômico a qualquer preço. Começava-se assim, a troca de economia. O governo chinês renunciou a economia planificada socialista, para implementar uma economia aos tramites da economia de mercado neoliberal. Era o inicio do socialismo de mercado na China.

Passado mais de 30 anos de socialismo de mercado, a China se tornou a segunda maior economia do mundo, ameaçando a hegemonia econômica dos Estados Unidos. Porem, na atualidade a China vem adotando um pensamento antiglobalização. A China agora que produzir uma economia capitalista segundo a lógica do pensamento chinês. A China não quer mais seguir os parâmetros da democracia liberal governada pelos órgãos internacionais, e nem continuar com economia neoliberal que é administrada pela democracia liberal de europeus e européias e estadounidenses. A China quer caminhar agora com as próprias mãos e pés.

Assim como a China, o Brasil também precisa adotar uma política antiglobalização se quiser se desenvolver economicamente. Muito se fala que para o Brasil se desenvolver economicamente é necessário um estilo de vida capitalista semelhante aos dos Estados Unidos. Mas o fato é que o Brasil não possui uma cultura puritana calvinista como a dos Estados Unidos. O Brasil é um país muito diverso, por isso deve pensar sua economia segundo sua lógica cultural. Adotar uma postura antiglobalização não é fechar as portas para as empresas estrangeiras. É o contrario. Ter uma política antiglobalização é moldar a lógica da empresa estrangeira ao modo de vida dos brasileiros e brasileiras.

Antiglobalização é produzir sua própria economia, política, cultura, moral, ética, educação etc. Antiglobalização não é ficar pegando modelos de política social de outros países e adaptar a realidade do país. E sim, a antiglobalização é uma saída alternativa a economia de mercado neoliberal que a cada dia se mostra falida e ineficiente.

*Estudante do 8º semestre de Ciências Sociais da UFRR

Quanto eu valho? – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Não se mede o valor de um homem pela tarefa que ele executa, mas pela maneira de ele executá-la”. (Swami Vivecananda)Já falei pra você que tenho mais de cinco mil frases selecionadas aqui. Mas tenho uma preguiça vergonhosa de escolhê-las, e por isso uso sempre as que estão por aqui à minha volta. E vou repetindo-as. Mas isso não faz mal. O importante é que as entendamos como elas nos dizem o que dizem. E adoro essa do Vivecananda. Ela nos ensina que o que valemos é o que fazemos para o engrandecimento do mundo. E cada um de nós faz sua parte fazendo o melhor que pode no que faz, não importa o que seja; desde que valha para nosso enriquecimento racional. E a simplicidade é o indicativo do que somos, quando sabemos o que somos.

Seu valor está no que você faz. Então procure fazer sempre o melhor. E é simples pra dedéu. Quando fazemos com amor tudo sai na medida certa. Procure conhecer sobre sua origem, para poder se descobrir no valor que você realmente tem. E só quando nos conhecemos nos valorizamos no que somos. E quando nos valorizamos somos superiores. Quando estiver caminhando na corda bamba, mire-se no seu espelho interior. Veja-se como você realmente é, e tudo mudará pra você. Nada, nem ninguém, pode ser superior a você, se você se souber superior. E ser superior não significa inferiorizar o próximo.

Ninguém além de você mesmo tem o poder de dirigir sua vida. Mas se você não se sentir capaz de dirigi-la, vai continuar marchando sobre o mesmo terreno, como uma marionete sem rumo. Porque é assim que vivemos todos nós há vinte e uma eternidades. E até quando durará esse suplício, não sabemos. E não sabemos, porque não sabemos quem somos nem o que somos. Ainda preferimos acreditar nos que nos dizem o que devemos fazer, para continuar acreditando no inacreditável. Acreditando que estamos fazendo o melhor sem nem mesmo saber o que é melhor. Não interessa nem importa a diferença que há entre mim e você. O importante é que saibamos, eu e você, que somos todos da mesma origem. Que somos todos iguais nas diferenças.

As veredas não são obstáculos. O problema está em não sabermos que caminho tomar, tornando as veredas, muitas vezes, ínvias. Ainda não aprendemos a “pulá pu riba” da árvore cruzada no caminho. Confie mais em você, no poder que você tem para viver sua vida como ela deve ser vivida para a sua imunização racional. Porque enquanto você não se imunizar racionalmente, não sairá desse círculo de elefante de circo em que vivemos. No seu universo não há unidade de tempo. Por isso sua volta para lá, é decisão exclusivamente sua. Pense nisso.

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