Opinião

Opiniao 16 08 2018 6760

FAKE NEWS NA MEDICINA CONTEMPORÂNEA – Mário Maciel Junior*

 Felizmente a copa do mundo de futebol chegou ao fim. Voltemos os olhos para o nosso quintal cheio de vespas robustas; pois nossa realidade tupiniquim é dolorosa.

O assunto que apresento não proporciona espetáculo como as do jogador Neycai, mas origina debates não bizantinos.

Vivemos sufocados com centenas, milhares de informações diversas diuturnamente. A maioria oriunda de redes sociais, jornais e revistas nem sempre; razoavelmente, respeitáveis. Quando a temática converge para saúde, tratamentos, curas e bem estar o caldo com aroma inebriante dissemina rapidamente.

Segundo informações do sistema online de busca e análise de literatura médica (Medline) são publicados aproximadamente 2000 artigos científicos na área de biomedicina por dia, aproximadamente. Um número tão assustador quanto os proventos do camisa 10 da seleção canarinho.

O alerta a qual devemos nos concentrar é: qual a relevância desses dados? São confiáveis? São reprodutíveis? São verdadeiramente úteis? Sua apresentação é verdadeiramente transparente? Há conflito de interesses?

Assim como há regras bem estabelecidas para uma partida futebolística, há critérios metodológicos e hierarquia de evidências para o julgamento de estudos científicos na área da saúde. Esses ganharão contornos e adensamentos confiáveis de acordo com o preenchimento de vários requisitos sabiamente estruturados. A era da Fake News chegou a passos largos na medicina. Muito mais complexo, a árdua tarefa é, como eliminá-las.

Informações equivocadas e menos vistosas, do ponto de vista científico, tem ganhado grande relevância, especialmente nas redes sociais por serem replicadas muito facilmente. O internauta acredita da na sua “fonte” de consulta por desconhecer que a interface entre a ineficiência à ilicitude, cientificamente falando, já estão entrelaçados.

O Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) em Boston (EUA) afirma que as Fake News reverberam intensamente nas redes sociais, pois causam sensações impactantes nos leitores, principalmente, no aspecto da surpresa ou do medo.

Sempre haverá os finórios de plantão semeando informações inverídicas para lograr posição de relevo artificialmente e repentinamente.

Necessitaremos de uma plataforma destinada à checagem de Fake News nos temas relacionado à saúde, em um futuro próximo. Como ainda não dispomos dessa filtragem de informações nas redes sociais, especialmente falando; pontuo algumas sugestões: primeiro avaliar a fonte que publicou, segundo reavaliar a notícia recebida em sites especializados sobre o tema em tela e fechando a trindade fazer uma “crítica” pessoal da postagem compartilhada.

Somos analfabetos, no que tange, a obtenção, processamento e compreensão de informações relacionadas à saúde. Para não criar alarmismos com as “FakeZapZap News” devemos buscar, no mínimo, uma migalha de cultura científica para incorporar no nosso “hard disk” cotidiano.

Uma nova e construtiva narrativa sobra a busca de informações sobre a saúde deve ser entoada coletivamente, pois o real conhecimento das notícias prestam ótimos serviços a nós mesmos.

*Médico Urologista e Coordenador do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Roraima (UERR)

Aumento na conta de luz. O povo não aguenta mais! – Flamarion Portela*   Um levantamento divulgado pelo jornal Estadão, na edição de segunda-feira, 13 de agosto, aponta que a conta de luz já aumentou quatro vezes mais que a inflação neste ano. De acordo com os dados publicados pelo periódico, enquanto o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 2,94%, a energia elétrica para as famílias brasileiras subiu 13,79%, entre janeiro e julho.

São vários os fatores que estão contribuindo para essa disparada no preço da nossa energia, como a alta do dólar, o crescente peso dos subsídios, encargos e tributos na tarifa elétrica, além da falta de chuva em algumas regiões do Brasil. E existe a expectativa de que novos aumentos comprometam ainda mais a renda da população brasileira.

Com relação a Roraima, que é abastecida pela energia de Guri e das termelétricas, a situação pode se complicar ainda mais com a privatização da Boa Vista Energia, cujo leilão deve ocorrer ainda no final deste mês de agosto.

E a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) deve autorizar nos próximos dias reajustes das tarifas praticadas por 32 empresas do país, entre elas a Boa Vista Energia, com taxas que podem chegar a 14%. É mais um assalto ao bolso do nosso sofrido povo roraimense.

Para que o leitor entenda porque pagamos uma energia elétrica tão cara no Brasil, é importante que saiba que, além dos problemas que citei acima, existem outros fatores que interferem sobremaneira nos custos da nossa luz. São tantos custos agregados pelo Governo que vão para a conta do consumidor final, que acaba onerando ainda mais nosso bolso.

Um exemplo são os encargos na conta de luz, que foram elevados pelo Governo Federal para bancar programas públicos, que beneficiam produtores rurais, atividades de irrigação, empresas que prestam serviços públicos de saneamento e consumidores de baixa renda. O Governo beneficia setores da população e distribui o custo final para o consumidor de energia elétrica.

O novo presidente da República tem como um dos grandes desafios barrar a escalada da tarifa de energia que, na avaliação de especialistas, deve passar pela redução dos encargos, além de  um maior equilíbrio da matriz elétrica, com investimentos em outras fontes de energia como a solar e a eólica, e também um trabalho de conscientização do Congresso, para evitar medidas que afetam diretamente o custo final para o consumidor.

Em Roraima, é preciso também que possamos ter uma energia mais segura e confiável, com a vinda do Linhão de Tucuruí, que até hoje está travado devido a questões ambientais. Não podemos ficar eternamente dependentes de uma energia importada, cara e inconstante, ou mesmo das termelétricas, que além de caras, são altamente poluentes.

Chega de tanta exploração com o nosso povo!   *Presidente do Iteraima e ex-governador de Roraima

PALAVRA DE LEÃO – Ranior Almeida*

É com uma enorme satisfação que depois de quatro longos meses volto a este espaço com minhas opiniões. Por incrível que pareça, teve algumas pessoas que sentiram falta (risos) o que me motivou ainda mais retornar.

Hoje, quero trazer um pouco de informação e um pouco da história a respeito daquele que é consideravelmente a maior organização de clubes de serviço do mundo, me refiro ao Lions Clube Internacional.

Posso falar a respeito com um pouco de propriedade, pois há mais de doze meses, coincidentemente no ano do centenário ingressei no Movimento Leonístico. E quem tá de fora e sabia de meu ingresso me perguntava – “mas é verdade que lá tem-se (sic) o pacto com o coisa ruim?”,- “Tem Leão de verdade lá?”, indagações como estas.

Tento desmitificá-las, ou seja
, os companheiros Leões estão inseridos nas diversas religiões que compõe a sociedade civil. Então pacto com “filhote de cruz-credo” tá descartado.

No ano 1917, Melvin Jones, empresário de Chicago de 38 anos, disse aos membros da associação local de empresários que era necessário ir além das questões empresariais e trabalhar pela melhoria das comunidades em que eles viviam e do mundo. O grupo de Jones, o Business Circleof Chicago, concordou com ele.

Você já deve até ter ouvido falar na Rua Melvin Jones (a escolha do nome é uma homenagem ao Lions), é aquela mesma que sedia CAER.Foi quemdeu o pontapé inicial, para existirem torno de 46 mil clubes e mais de 1,4 milhão de associados.

Conforme Instrução Leonística ministrada no dia 27/01/2018, pelo estudioso em Lions Clube Internacional, o Companheiro Cícero Ferreira da Silva: “A importância para um Companheiro Leão (CL) e Companheira Leoa é frequência, companheirismo e o serviço. São essas três coisas que o saudoso CL Dorval de Magalhães tanto enaltecia, por falar nele, temos que lembrar que ele trouxe de Manaus, o Lions clube quando em 1960 ele participou de uma reunião lá e passou nove anos para chegar aqui (lembrando que era uma viagem que durava bastante), e ser fundado em 1969, o grande marco de nossa história. Temos o reconhecimento da Assembleia Legislativa de Roraima o dia do leonismo que é o 11/01, o dia da fundação do nosso clube em 11/01/1969 (…)”.

Um clube do Lions em especial o BV/Centro é lugar todo especial com pessoas que gostam de ajudar/servir os necessitados, não atoa que o Lions está presente em mais de 200 países com trabalhos que vão desde a visão, saúde, juventude, idosos até o meio ambiente e auxílio humanitário para vítimas de catástrofes.

*Sociólogo – CRP 040/RR. E-mail: [email protected]

Por que não mudar? – Afonso Rodrigues de Oliveira*

‹â€‹â€‹â€‹“É necessário que ao menos uma vez na vida você duvide tanto quanto possível, de todas as coisas.” (René Descartes)

Sempre que estou só, em casa, fico ouvindo uma seleção extraordinária de música, do meu arquivo. Dia desses, ouvindo a Edith Piaf, lembrei-me de um episódio que aconteceu, comigo, na minha adolescência. Na última terça-feira, assistindo ao programa The Voice Brasil, o velho episódio me veio à memória. Tenho certeza de que já lhe falei daquele episódio ocorrido no final da década dos quarentas. Estávamos no portão de saída da Base Aérea de Natal, em Parnamirim. Esperávamos uma carona para Natal. O rádio da guarita estava ligado, e ouvíamos músicas. Do meu lado estava um sargento da Aeronáutica. De repente o sargento saiu, entrou na guarita, pegou o telefone e ligou para a estação de rádio. Quase gritando, ele perguntou: “Escute… vocês não têm música brasileira, aí na rádio?”.

É claro que não ouvimos as respostas. Mas, quando o sargento voltou, nos contou que o pessoal da rádio alegou que era porque eles tinham uns discos de música americana e precisavam usá-los. O sargento continuou revoltado. Foi aí que conheci o sargento Nonô, compositor das músicas juninas e carnavalescas, de Natal, à época. Fizemos amizade e conheci várias músicas do Sargento Nonô. Vez por outra, por incrível que pareça, às vezes saio pela rua para pegar o jornal, pela manhã, e vou cantarolando a música “Ponta Negra”, do Sargento Nonô. Dá pra acreditar?

Mas o que me chamou a atenção no programa The Voice, foi o fato de os candidatos só cantarem músicas brasileira e norte-americana. Não seria mais racional se eles cantassem músicas internacionais? Não vou mencionar as músicas que eu gostaria de ouvir por serem de alta qualidade, francesas, italianas, mexicanas e tantas outras que nos encantaram, através do cinema, por exemplo. Por que será que não mudamos? A qualidade da música atualmente está meio fraca. Mas isso não significa que a qualidade dos cantores e compositores está fora do nível exigido pela arte. Mas seria muito agradável se a qualidade dos candidatos se expressasse na qualidade internacional. A limitação nos limites, brasileiro e norte-americano, nos deixa dúvidas, quanto ao peneiramento.

Música é música. Ela sempre encanta. Não há saudade sem música, mesmo que ela tenha vindo do canário, no galho do ipê-roxo. Não deixe de incentivar seu filhinho através da música. Mas cuidado com a qualidade. Quando ele estiver dormindo ponha uma música para ele ouvir enquanto dorme. Sugiro a “Summertime”. É uma canção clássica e de ninar. Pense nisso. 

*Articulista [email protected] 99121-1460