Opinião

Opiniao 12 02 2018 5640

Bora pular – Tom Zé Albuquerque*

O Brasil está suspenso. Parou-se um país para festejar, pular, brincar, sassaricar, beber… e isso é maravilhoso. Afinal, o que importa é o povo feliz, curtindo a vida. Sensacional!

Pensemos bem… qual nação destinaria cinco dias do ano só para dançar e alvoroçar? Ora, tal qual o Brasil, somente países desenvolvidos, ricos, sem problemas estruturais, com investimento coeso nas necessidades básicas de seu povão de tal sorte que sobram milhões para compensar o investimento e a pausa nas atividades rotineiras e nos serviços que deveriam estar postos à disposição.

Bem, mas pode-se alegar que, em período de carnaval, a economia gira porque se bebe mais, se viaja mais, e por aí vão os argumentos. Isso é uma posição pueril que gira em razão de vários interesses, especialmente midiáticos. Aliás, chega a ser tragicômico quando apresentadores televisivos anunciam estrondosamente: “A duas semanas do início do carnaval, a festa já rola solta em várias capitais do nordeste”. Ô vida boa desse povo brasileiro, hein? Fico pensando a mobilização medonha montada para as festas, desde zoneamento de trânsito, destinação de policiamento, aumento de demandas em hospitais, enfim, a mudança é sistêmica, cara e complexa.

O carnaval é um grande negócio, pelos interesses de grandes corporações que, em conluio com os governos, tem à disposição um público considerável. O seu formato tem tomado, no entanto, outros contornos em razão dos movimentos religiosos e no trato que muitas pessoas (geralmente culminando em reuniões familiares) têm dado, transformando a festa em um grande feriadão. O que partiu de uma festa religiosa, atualmente a ênfase do período carnavalesco nada tem a ver com a ponderação teológica.

Em verdade, até pouco tempo, a festa de carnaval era algo singelo, imaculado, tratável. Mas, atualmente, sequer podemos cantar as famosas e aprazíveis marchinhas de carnaval devido à chatice que se transformou o Brasil nesse processo de segregação sob o argumento canalha de “proteger as minorias”. “Olha a cabeleira do Zezé” é, para muitos idiotas inúteis, uma espécie de preconceito; “O teu cabelo não nega mulata… é considerado, para um monte de fúteis, um ato de racismo; “Maria sapatão, Maria sapatão…” eu, se soltar o canto, vou estar infringindo algo; e se eu balbuciar “Índio quer apito…” devo sair direto pra cadeia. O politicamente correto é um ser com necessidade de holofote, frágil, traumatizado com algo. Só pode!

O Carnaval já termina amanhã, quarta-feira será a cura da ressaca. Porém, dia seguinte se inicia a preparação para não trabalhar na Copa do Mundo de futebol: gritar Neymar até ficar rouco, e ir para a praça após os jogos, beber até cair. Próxima festa para parar o país só em outubro. Outro vexame.

*Administrador

O DRAGÃO VOLTOU! – Ranior Almeida*

Este título remete a segunda principal manchete de capa de um dos principais jornais impressos de Belém-PA que é “O Liberal” da última segunda feira (05/02/2018).

Na Roma antiga tinha-se a luta dos gladiadores, que ocorriam geralmente em anfiteatros, como o famoso Coliseu de Roma (existe até hoje). Os gladiadores eram escravos, prisioneiros de guerra ou mesmo voluntários, treinados em escolas especiais, que deveriam lutar entre si. Enfrentavam em muitos casos animais ferozes como leões, leopardos e tigres provenientes de diferentes locais dos territórios controlados pelos romanos.

Nos dias atuais, os “Coliseus” (Arenas) existem em todas as partes do mundo, no caso as arenas e ginásios poliesportivos. E dentro destas são realizados os grandes e pequenos eventos de MMA (Artes Marciais Mistas), este que para muitos não é esporte e sim entretenimento. Eu prefiro aquela tese que como vários esportes também é entretenimento.

Esporte, por poder ser praticado amadoramente por homens e mulheres que queiram se exercitar e perder peso, obviamente com as devidas proteções e o mínimo de contato para não se ter lesões as quais os profissionais são expostos.

Feito a devida introdução, vamos ao título, confesso que tinha aversão ao antigo “Vale Tudo” (pancadaria desnorteada sem regras), há oito anos fui passar férias na casa de uma tia em Manaus e meu primo tinha uma caixa de DVD das edições numeradas (pay per view) do Ultimate Fighting Championship (UFC), assisti alguns.

E este meu primo com um pouco de paciência me explicou um pouco das regras e dos brasileiros em destaque no maior evento de MMA do mundo. E um deles era o Baiano radicado em Belém do PA que era o Lyoto Machida, campeão meio pesado (93Kg) na época (2009), reconhecidamente detentor do melhor karatê shotokan do UFC.

O tempo passou, passei a gostar de assistir o MMA, virei assinante de um canal fechado que passa todas as edições do UFC no Brasil. E nesse meio tempo Lyoto, baixou de categoria foi para os médios (até 84Kg) e foi mudando seu jogo esquecendo o Karatê o que levou ao declínio em sua carreira.

Fui a Belém no último final de semana acompanhar de perto como é um evento desta magnitude. Pela primeira vez realizado na Região Norte, tinha o Lyoto no Main Event (luta principal). Antes de ir, até um de meus irmãos comentou: “- Vai lá ver o Lyoto perder?”, minha reação foi um riso amarelado (lembra Nogueira? Rsrsrs).

Por fim, foi uma experiência única, pois ver aquelas 10.144 pessoas ter enfrentado as 24h de chuva incessante em Belém e ir ao Mangueirinho (umas das arenas mais modernas do país, ar condicionado gela), aquele clima de RE-PA (rivalidade entre Remo e Paysandu), dar um show à parte sensacional! E ver os lutadores da casa todos vencerem, apenas dois brasileiros que não são paraenses, não tiveram seu braço levantando no pós-luta. E a decisão dividida dando a vitória ao Lyoto “The Dragon” Machida, foi emocionante e vibrante, os gritos de: “o Dragão voltou”!

*Licenciado em Sociologia – UERR, Bacharel em Ciências Sociais – [email protected]

TODA MUDANÇA COMEÇA POR MIM – Vera Sábio*

Não adianta reclamar, colocar a culpa no governo, na política, no sistema, na mídia e continuar de braços cruzados deixando a banda passar livremente, e pior ainda, assistindo de camarote.

O povo é omisso demais, folgado demais, gosta da corrupção e mais ainda é fofoqueiro de mão cheia.

Qualquer mudança depende, em primeiro lugar, de cada um.

Quantos ainda assistem ao BBB (besta bobagem brasileira), e ainda votam, dão o seu dinheiro suado para pessoas depravadas, ridículas, e que praticam incesto; ficarem ricas por meio de tantos brasileiros fofoqueiros que não procuram algo bom para fazer e perdem o tempo votando e vendo tremenda imoralidade.

Queremos menos violência, mais respeito e cidadania e não concordamos em assistir esses programas que destroem a base de qualquer família.

A educação começa no ceio familiar e para isto pais precisam agir como pais e filhos como filhos. Se há desonestidade, práticas incestuosas, falta de respeito, falta de limites, etc. Como teremos uma sociedade melhor?

A base de tudo é a família e cada mudança precisa acontecer dentro de cada um, para depois se tornar concreta e importante na transformação do mundo.

Acredite! Estamos em crise: crise social, crise familiar, crise política, crise estrutural, crise moral e diversas outras vertentes. No entanto não é qualquer fantasia ilusória como programas de televisão, Carnaval, jogos e falsas promessas políticas que mudará nossa verdadeira situação.

É hora de agir, de denunciar, de se organizar e se manifestar a favor dos bons e velhos costumes, da religião, da verdadeira educação, do respeito mutuo, dos limites, do diálogo e de tudo que produz ordem e harmonia.

Paremos de perder tanto tempo olhando vidas alheias que não têm nada a ver conosco e lutemos por menos omissões e mais ações concretas em nome da honestidade, da fraternidade e da paz.

*Psicóloga, palestrante, servidora pública, escritora, esposa, mãe e cega com grande visão interna.CRP: 20/[email protected]

O salvador da humanidade – Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Se a mente pode curar o alcoolismo, e pode, ela pode também sanar a pobreza, a doença, o medo e as limitações autoimpostas”. (Napoleon Hill).

O amor é, sem dúvida, o salvador da humanidade. Quando amamos realmente, somos capazes de tudo. Não há força mais poderosa do que a mente. E é dela que emana o amor. Mas ele também pode prejudicar se mal compreendido. Não confunda amor com compulsão. E a maioria das pessoas faz essa confusão. Todo amor é sadio. Se não puder ser, não é amor. Há pessoas que confundem as bolas. Quando você estiver sendo dominado pelo seu ciúme compulsivo, cuidado, você estará fazendo uma tremenda confusão e seu “amor” pode estar, e com certeza está, prejudicando você e a pessoa “amada.” Ame-se sem temer o narcisismo. Há uma diferença entre o amor que temos por nós mesmos, e o que leva ao narcisismo. Uma distorção do amor.

O amor tem mudado a história da humanidade desde seu início. E como ele emana de sua mente, cuide dela. Você seria capaz de mudar o mundo. Mas não é capaz de acreditar nisso. Falta amor próprio para que você se ache capaz de mudar o mundo. Acredite em você e você será capaz do que tantos já foram. Comece a acreditar que eles não tinham nada que você não tenha, para a empreitada. Eles apenas acreditavam neles mesmos e iam à luta, pensando no resultado. O amor produz milagres. Ele é indestrutível. O amor só se acaba quando não era amor. Faça de sua vida uma festa. Todos os contratempos que possam surgir, e certamente surgirão, não serão mais do que testes para avaliar sua capacidade de amar. Ame o próximo, ame você mesmo, ame. E para que seu amor seja verdadeiro nunca o troque por nada. Nunca espere que a pessoa amada por você, retribua o amor que você lhe dá. Você está dando, e não emprestando.

Se as coisas não estiverem dando certo pra você, talvez você não esteja se valorizando. Talvez não esteja sabendo para onde está indo. Procure seu norte. Pergunte-se o que você realmente quer da vida. Nunca alimente dúvidas sobre o que você quer. Mantenha seu rumo no seu futuro. Para quem sabe para onde vai, todo caminho leva ao destino. Para quem não sabe o que quer qualquer coisa serve. E esse não deve ser seu caso. Nunca aceite de você, senão o melhor. Faça isso o tempo todo. Se você quiser ser o melhor, tenha em mente que você nunca será suficientemente perfeito. Esteja sempre se aperfeiçoando. Procure melhorar a cada dia. Amar mais e mais, e melhor. Mais importante do que o amor que você recebe é o amor que você dá. Se é dando que se recebe, dê sem se preocupar com o retorno. Ele virá como resposta. Pense nisso.

*[email protected]