Opinião

Opiniao 08 07 2017 4357

Autismo e a estrutura educacional – Augustinho Vitor Vilhena*A Constituição Federal, o Plano Nacional da Educação (Lei nº 10.172/01), o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96) são dispositivos que, de forma bastante clara, evidenciam a inclusão como um dos fatores de grande e justificada relevância. Princípio pelo qual todas as escolas do Sistema Educacional Brasileiro devem abraçar a diversidade e atender as necessidades individuais desenvolvendo as habilidades de cada aluno.

O que não se tem observado, entretanto, na atual conjuntura do referido sistema, é a preocupação condizente e necessária com sua base estrutural, tanto no sentido do ambiente físico, como também na qualificação através da formação continuada de profissionais que possam desenvolver com eficácia esta importante tarefa.

Embora a inclusão seja um fator de inegável importância para um número significativo de estudantes e para a sociedade como um todo, num enfoque mais específico do tema, observa-se que alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) matriculados nas Escolas da Rede de Ensino Regular, por serem parte de um grupo que abriga nuances que variam de muito leve (alunos que possuem capacidade de aprendizagem comparável aos demais) até os de altíssima complexidade, exigem a efetivação de uma abordagem mais técnica, específica e qualificada.

Realça-se então o tema como um desafio a ser adequadamente estudado pelo referido Sistema Educacional vigente, uma vez que a convivência pura e simples com os demais alunos, não tem se revelado satisfatória conforme sinaliza pesquisa realizada em 30 escolas estaduais, com 44 professores do ensino fundamental do terceiro ao sexto ano, na cidade de Boa Vista – RR, no período de fevereiro a maio de 2013, verificando-se que os alunos que podem e devem ser inseridos no processo da inclusão são: 100% das crianças com grau leve de autismo ou com Síndrome de Asperger; 20% com nível severo de autismo; 15% com dificuldade em nível de comunicação verbal.

Torna-se imprescindível então, de acordo com o resultado do trabalho de pesquisa acima exposto, a implementação de novas medidas, tais como: a introdução de disciplinas específicas que habilitem o trabalho com esta realidade chamada inclusão, na grade curricular dos cursos de formação de profissionais do ensino. Como também a adequação dos espaços físicos das escolas em consonância com as necessidades da “nova” clientela que requer especial atenção, uma vez que o cotidiano da vida escolar depara-se com situações às quais se fazem necessários um espaço físico adequadamente planejado para tal e a presença de profissionais com habilidades específicas. Em outras palavras, para se promover a inclusão com eficácia, faz-se necessário um maior apoio do Sistema, principalmente aos alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) ou Síndrome de Asperger.*Mestre em Ciências da Educaçã[email protected]

Água limpa x taxa cara – Vera Sábio*As inversões de valores são imensas e constantes; todavia é tanta gente suja falando do mal-lavado que não conseguimos discernir o que é certo ou errado.

Em relação a água, eu sei que preciso para ter uma boa saúde de água limpa e de qualidade e sei também que temos em Roraima rios com condições de nos fornecer a melhor água do mundo. Então porque isto não acontece?

Por que na briga da rocha e o mar, quem se prejudica é o caranguejo.

É comum nossos narizes sentirem o mau cheiro dos esgotos a céu aberto, nossos veículos precisarem mudar a rota devido ao asfalto recém-inaugurado, ser outra vez quebrado para construção de saneamento básico; é comum nos ferirmos em lixos despejados nos igarapés, aonde vamos nos refrescar com a família; é normal irmos ao médico por infecções adquiridas por bebermos a água cara que sai em nossas torneiras.

Enfim o que querem que acreditem não ser normal é a taxa de esgoto de 80% passarmos a ser 30%. E então o que será que está errado nesta história?

Será que temos água limpa com a taxa cara?

Será que teremos muito mais prejuízo do que já temos se a taxa for mais barato?

Só sei que aquilo que erram em planejar, estará planejando em errar.

Imagine o cálculo do desperdício em um vazamento que não é logo corrigido, um asfalto que primeiro é feito para depois ser quebrado e refeito outra e outra vez; plantas que são às vezes regadas em época de chuvas ou mesmo quando a água deve ser o máximo poupado devido à grande seca e esgotos e todo lixo jogado perto de onde tratamos a água em nosso rio?

Somos educados para respeitar e cuidar da água que temos? Que valor dá a nossa saúde?

O que sei é que enquanto nos colocarmos como vítimas e não soubermos o básico para preservar o meio ambiente, ser honesto, votar com maior responsabilidade etc. Viveremos assim sem direção e sem saber o que aplaudir e o que criticar.* Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected]

Na luz da ribalta – Afonso Rodrigues de Oliveira*“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaio. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” (Charles Chaplin)Viver intensamente não significa viver com açodamento nem se esvaindo no suor. É viver com harmonia e entusiasmo. E só quando sabemos o que realmente somos e porque estamos por aqui, é que vivemos intensamente. Outro gênio da arte, o Bob Marley, também nos disse: “Não viva para que sua presença seja notada, mas para que sua falta seja sentida”. Reflita sobre os pensamentos dos deuses do nosso século.

Eles sabiam, e muitos ainda sabem, o que devemos fazer e ser, para que sejamos lembrados no futuro, pelo que deixamos no que fizemos para o desenvolvimento do presente. As catástrofes do momento não são senão réplicas das dos passados.

Você não precisa se esforçar para ser o que deve e quer ser. O importante é saber que nada cai do céu, já que estamos num planeta redondo, onde olhamos para baixo, pensando que estamos olhando para cima. No início do século passado, quando o Gibran Kallil Gibran completou vinte e cinco anos de idade, ele escreveu: “Acabei de completar a vigésima-quinta volta em volta do Sol”. Você pensa nisso no dia do seu aniversário? Getulinho e Alberto, vocês acabaram de fazer isso. Pensem nisso e sejam felizes. E na reflexão vejam se descobrem quantas voltas a lua já deu em volta de vocês.

O mundo em que vivemos nos é tão mau ou tão bom, dependendo de como o vivemos. Não devemos nos esquecer, nunca, de que somos atores no palco da vida. Nossa felicidade depende da nossa capacidade de interpretar o papel que nos é destinado. É na nossa interpretação que construímos o mundo que queremos viver. O importante é que não nos façamos marionetes de nós mesmos, para não sermos títeres de titeriteiros. Mire-se sempre no seu interior. É no seu espelho interior que você vai se ver como você realmente é. E você é um ser humano de origem racional. Portanto aja sempre com racionalidade, divertindo-se e divertindo.

Sorria e ria sem medo de parecer fútil. Faça com que as outras pessoas se sintam felizes com sua presença. E você só conseguirá isso se for feliz. E a felicidade está dentro de você mesmo. Tudo de que você necessita para ser feliz está em você. Você não precisa sair por aí procurando a felicidade. Você pode descobri-la naquela flor silvestre ao pé do muro; observe-a como ela realmente é: uma obra de arte da natureza.

E a natureza é o mundo que você vive, florindo-o com seu sorriso. Não importa quem você é. Você é o que quer ser. Pense nisso.*[email protected]