Opinião

Opiniao 01 03 2018 5730

Quem é o mais rico? O Brasil ou os EUA? – Parte II – Flamarion Portela*

Para reflexão dos queridos leitores, continuo transcrevendo uma carta recebida por um brasileiro, enviada por um amigo americano. Segue a continuação da carta:

“(…) Aí no Brasil, vocês pagam escolas e livros para os seus filhos, porque, afinal, devem nadar em dinheiro. E aqui nos EUA, nós, pobre de País americano, como não temos toda essa fortuna, mandamos nossos filhos para as excelentes escolas públicas, com livros gratuitos. Vocês no Brasil, quando tomam no banco um empréstimo pessoal, pagam por mês o que nós, pobres americanos, pagamos por ano.

E por falar em pagamentos…

Caro amigo brasileiro, quando você me contou que pagou R$ 2.500,00 pelo seguro do seu carro, aí sim eu confirmei a minha tese: vocês são podres de ricos!!! Nós nunca poderíamos pagar tudo isso por um simples seguro de automóvel. Por meu carro grande e luxuoso eu pago U$ 345,00. Quando você me disse que também paga R$ 1.700,00 de IPVA pelo seu carro, não tive mais dúvidas. Nós pagamos apenas U$ 15,00 de licenciamento anual, não importando qual tipo de veículo seja.

Afinal, quem é rico e quem é pobre? Aí no Brasil, 20% da população economicamente ativa não trabalha. Aqui, não podemos nos dar ao luxo de sustentar além de 4% da população que está desempregada. Não é mais rico quem pode sustentar mais gente que não trabalha.

O objetivo é fazer chegar essa mensagem ao maior número de pessoas para tentar sensibilizar e tentar conscientizar o povo brasileiro, que aceita tudo que o governo dita sem contestar.

Por exemplo: Decreto que aumenta de 27,5% para 35% a alíquota do Imposto de Renda. Esse reajuste atinge diretamente a classe média.

Sem querer cortar gastos, o governo, com sua exuberante incompetência, quer, como sempre, repassar à população.

Assim é moleza! Roubam, administram mal, e nos dão a conta para pagar.”

Essa carta enviada por um americano a um amigo brasileiro serve para demonstrar, de forma inquestionável, o quanto o povo brasileiro é sacrificado nessa área tributária. Trabalha cinco dos 12 meses, só e somente só, para pagar impostos. Muitas vezes sacrificando o próprio bem-estar da família.

Porém, essa voracidade de cobrar impostos, não recai sobre todos não. Vamos citar alguns exemplos: O Bradesco teve um lucro em 2016 de R$ 16 bilhões e deve, só à Previdência, R$ 465 milhões. O Banco do Brasil teve um lucro em 2016 de R$ 3 bilhões e deve à Previdência R$ 208 milhões. O Itaú teve um lucro em 2016 de R$ 14 bilhões e deve R$ 88 milhões à Previdência. A famosa JBS deve R$ 1,8 bilhão à Previdência.

Por que o governo não cobra esses débitos absurdos, dessa gente tão poderosa, já que o assalariado não tem como escapar nas garras do Leão?Não aguentamos mais tanto sacrifício. Chega! *Ex-governador de Roraima

51 anos de desenvolvimento regional – Marcos Jorge*

A Zona Franca de Manaus acaba de completar 51 anos e quero compartilhar com todos os roraimenses o trabalho que temos liderado à frente da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que integra a estrutura direta do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Pasta que tenho imensa satisfação de comandar.

Em 22 meses de trabalho podemos afirmar que a ZFM é um modelo de política desenvolvimentista regional que contribui não apenas para a atração de investimentos industriais para a região amazônica, mas também é eficiente nos aspectos social, já que gera milhares de empregos na Região Norte, e ambiental, porque colabora diretamente para a conservação da Floresta Amazônica. Temos trabalhado para melhorar os serviços prestados às empresas do Polo Industrial de Manaus.

Coordenamos uma série de ações que já apresentam resultados. Sob a nossa gestão, descentralizamos as reuniões do Conselho de Administração da Suframa. Entendemos que é importante atender a uma antiga reivindicação dos outros quatro estados que compõem a região de abrangência da Zona Franca de Manaus, trabalhando para reduzir o que chamamos, informalmente, de “Manauscentrismo”.

Ressalto também a nossa contribuição com a publicação da Lei nº 13.451/17, que atualiza e simplifica o regime de taxas cobradas na ZFM, aumentando a segurança jurídica e ampliando a transparência nos valores a serem pagos.

Aperfeiçoamos a Lei de Informática da ZFM, que passou a permitir modalidades inovadoras para investimentos das contrapartidas de P&D e a possibilitar a apresentação de um plano de reinvestimento de valores glosados. Isso representará, em quatro anos, a reaplicação na região de investimentos de valores que podem passar de R$ 1 bilhão.

Reduzimos pela metade o tempo médio de análise na Suframa de relatórios de P&D entre o início de 2016 até meados de 2017. A meta é encerrar os estoques de processos dos anos anteriores até o final de 2018.

Acreditamos que pesquisa, desenvolvimento e inovação são a base da evolução econômica. Nesse sentido, seguimos com o processo para dar mais autonomia ao Centro de Biotecnologia da Amazônia. Com isso, esperamos contribuir para a consolidação da bioeconomia do Norte, cujo potencial da biodiversidade é enorme para a diversificação da economia local.

Destaco ainda o reconhecimento internacional que o modelo brasileiro recebeu em premiação do Financial Times referente à competitividade global de Zonas Francas.

Para 2018, a ZFM segue como prioridade para o MDIC, por entender que o desenvolvimento regional é um dos pilares para a recuperação da economia brasileira. *Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

Como desenvolver – Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Reconhece-se um país subdesenvolvido pelo fato de nele ser a política a maior fonte de riqueza.” (Gaston Bouthoul)

Nada mais claro do que o que estamos vendo na nossa política. O ridículo está por toda parte. Mas nada é mais ridículo do que um político correndo com uma mala cheia de dinheiro roubado, através da política. O que faz com
que os menos preparados tentem ridicularizar a política. Quando na verdade ela não tem nada a ver com isso. O problema é e está tão visível que não conseguimos vê-lo. A ignorância política ainda nos mantém de olhos vendados. Por incrível que nos parecem, ainda ouvimos pessoas que nos parecem esclarecidas dizerem: “voto nele porque ele rouba, mas faz”.

Não há como não nos sentirmos envergonhados com a pouca vergonha da maioria dos nossos “políticos.” Infelizmente eles ainda são a maioria. Ainda temos bons políticos, é verdade. E por serem bons políticos não estão no carrossel da bandalheira. E por isso mesmo não os conhecemos. Porque os impedem de trabalhar. E isso ainda rolará por muito tempo até que nos eduquemos politicamente, para mudarmos o cenário. E tudo vai depender da melhoria na nossa Educação. E quem, na política está interessado nisso? Aponte-o.

E o difícil mesmo é fazer com que acreditemos que o poder para resolver a questão está em cada um de nós. Mas só assumiremos a responsabilidade quando formos realmente responsáveis. O que não somos, por falta de educação. Até quando continuaremos com o ridículo de oferecer cotas nas universidades, para negros que estudaram em escolas públicas de má qualidade? Por que não melhorar o nível das escolas? Se continuarmos nessa tentativa de cobrir o sol com peneira, vamos abrir cotas para os jovens brancos cujas escolas continuam caindo na ribanceira da incompetência político- administrativa.

Vamos fazer uma reflexão sobre o mundo que estamos vivendo no País que deveríamos respeitar, respeitando-nos para que sejamos cidadãos. Porque nada mais ridículo do que uma autoridade vir à televisão e assegurar que somos uma democracia. Que vivemos uma democracia, quando ainda somos obrigados a votar, como se fôssemos marionetes de políticos. Mas não nos respeitarão enquanto não nos respeitarmos para merecer respeito. 

Nunca seremos cidadãos enquanto não respeitarmos nosso próximo como cidadão. E só quando nos educarmos seremos capazes de merecer o respeito dos que nós elegemos. E enquanto eles nos obrigarem a votar neles, não nos respeitarão. E só quando educados mereceremos a liberdade no voto, votando por dever de cidadão e não por obrigação de meros títeres. Pense nisso.

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