Jessé Souza

A grande fabrica e os interesses 5893

A grande fábrica e os interesses

A discussão mundial, do momento, é o “fake news”, que nada mais é do que a fábrica de informações falsas, as quais são disseminadas maciçamente na internet com a intenção de manipular a opinião pública. Mas a quem mesmo interessa o “fake news”?

Embora o debate tenha tomado conta dos noticiários, muitas pessoas ainda não compreenderam qual o verdadeiro interesse dessa fábrica de mentiras e quem ela beneficia. Porém, um estudo feito pela Associação dos Especialistas em Políticas Públicas de São Paulo (AEPPSP), com base em critérios de um grupo de estudo da Universidade de São Paulo (USP), aponta uma resposta.

Esse estudo identificou os maiores sites de notícias do Brasil que disseminam informações falsas, não-checadas ou boatos pela internet: JornaLivre e Ceticismo Político, que têm a MBL – Movimento Brasil Livre como seu principal canal de distribuição. Essa entidade foi a principal responsável pelas mobilizações do impeachment, que acabou por colocar no poder esse grupo político que aí está, tentando enterrar a Operação Lava Jato e reduzindo os direitos do trabalhador brasileiro.

Nos Estados Unidos, o “fake news” manipulou a opinião pública da maior potência mundial, onde a democracia é tida como exemplo para o mundo, forjando as eleições presidenciais e colocando no poder um presidente que abomina a imprensa livre e odeia minorias.

Esses dois exemplos, do Brasil e dos EUA, comprovam que o “fake news” interessa a quem está no poder ou a quem quer chegar ao poder a qualquer custo. Se uma população de um país de primeira, com boa educação e com um alto padrão de vida, deixa-se manipular pela mentira das redes sociais, então imagine no Brasil, onde o crime organizado, da política e do narcotráfico, dá as ordens, se aproveitando dos bolsões da pobreza e da baixa escolaridade.

É bom frisar que a empresa brasileira que tinha (ou tem) contrato com Cambridge Analytic, a consultoria política envolvida em um escândalo global sobre o vazamento de dados de milhões de usuários do Facebook, já estava atuando em Roraima há muito tempo. Ou seja, o “fake news” e o roubo de dados confidenciais dos internautas roraimenses podem estar acontecendo há muito tempo.

Embora Roraima tenha uma “rainha do fake”, a guerra de notícias falsas e de boatos vem sendo travada a cada pleito eleitoral. Por isso, o eleitor roraimense precisa estar atento a esta realidade. Quem navega pelas redes sociais pode estar sendo usado pelo grande esquema. A “rainha do fake” não quer só curtida. Todos querem mais poder.

*[email protected]: http://roraimadefato.com/main/